Tarifas dos EUA impactam setor florestal brasileiro
Tarifas dos EUA impactam setor florestal brasileiro
As novas tarifas de até 50% dos Estados Unidos sobre produtos florestais brasileiros pegaram o setor de surpresa, alertou o presidente da APRE Florestas, Fabio Brun.

A imposição de tarifas de até 50% por parte dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pegou de surpresa o setor florestal e provocou forte reação entre representantes da cadeia produtiva. Fabio Brun, presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), avalia a medida como negativa e tomada em um momento inoportuno, especialmente após uma tarifa semelhante já ter sido aplicada em 1º de abril. Segundo ele, esse segundo movimento tarifário agrava ainda mais o cenário para a indústria nacional de base florestal, que já vem lidando com custos elevados e desafios logísticos.
De acordo com o governo dos Estados Unidos, a nova tributação foi justificada por um certo desequilíbrio na relação comercial com o Brasil. No entanto, para Brun, esse argumento não se sustenta, visto que o Brasil é deficitário na relação com os Estados Unidos. Ele considera que a decisão tem uma motivação mais política do que comercial ou técnica, o que dificulta o diálogo econômico direto. A expectativa agora é que o Brasil se mobilize nos próximos dias para negociar com os EUA e tentar amenizar os impactos, buscando uma solução diplomática em uma janela de 23 dias. Nesse curto prazo, a indústria também precisará trabalhar com planos alternativos, caso não haja avanços nas negociações.
A medida afeta diretamente empresas que exportam madeira processada, painéis, papel e celulose para o mercado norte-americano. O Paraná é um dos maiores exportadores de madeira para os Estados Unidos. Em 2025, os estados do Sul exportaram juntos US$ 1,37 bilhão em produtos de madeira para os EUA, representando 86,5% do total exportado pelo Brasil nesse setor. As altas tarifas comprometem a competitividade dos exportadores brasileiros, que precisarão rever estratégias e redirecionar mercados. O Brasil corre contra o relógio para conter os efeitos da tributação, e uma articulação política será determinante para preservar a posição dos produtos florestais brasileiros no mercado internacional.
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Fonte: Talk Assessoria de Comunicação














