Grupo WhatsApp

Nova regra dos EUA facilita fuga de cérebros do Brasil

Nova regra dos EUA facilita fuga de cérebros do Brasil

20/12/2024 Divulgação

A partir de agora, estudantes e pesquisadores que estudam em programas de intercâmbio científico na América não precisarão mais retornar ao País por pelo menos dois anos.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou uma revisão na Exchange Visitors Skills List (Lista de Habilidades de Intercambistas), que entrou em vigor nesta segunda-feira (9). A atualização elimina a exigência de que participantes de estudantes e pesquisadores de países, como Brasil, China e Índia, retornem a seus países de origem por dois anos após o término de seus programas sob o visto J-1.

Lista de Habilidade é um documento usado pelo governo americano para identificar quais campos de conhecimento são considerados críticos para o desenvolvimento de determinadas nações. Participantes de intercâmbio provenientes de países incluídos na lista — e que atuam nessas áreas — estão sujeitos a uma regra que os obriga a retornar ao seu país por dois anos antes de poderem solicitar outro visto ou status de permanência nos EUA.

A lista não era revisada desde 2009, e era considerada por muitos como desatualizada, já que não refletia mais as necessidades de desenvolvimento de alguns países. Com a revisão, 35 países, incluindo o Brasil, foram removidos da exigência, o que significa que os brasileiros não precisam sair dos EUA ao completarem um programa acadêmico no país.

“Isso significa que esses indivíduos poderão buscar novos vistos para permanecer nos EUA, seja para trabalho, estudos ou outras oportunidades, sem a necessidade de voltar ao país natal primeiro. Por um lado, é uma forma dos Estados Unidos contarem com essas mentes para se desenvolver. Por outro, agrava o fenômeno de fuga de cérebros”, comenta Leda Oliveira, CEO da AG Immigration.

O visto J-1 é amplamente utilizado nos Estados Unidos para programas de intercâmbio acadêmico, cultural e profissional. É frequentemente usado por pesquisadores, professores de ensino superior, pós-doutorados e alunos de graduação, mestrado e doutorado - geralmente, quando o estudante não está matriculado permanentemente em uma universidade dos EUA, mas sim participando de programas de curta duração como parte de acordos institucionais.

Impacto na retenção de talentos internacionais

A mudança colocada em prática pelos EUA é vista por especialistas como uma tentativa de reter talentos internacionais, especialmente em áreas estratégicas como tecnologia, engenharia, ciências e matemática. “Nos últimos anos, iniciativas semelhantes têm sido adotadas para competir com outros países na atração e retenção de profissionais altamente qualificados”, comenta Leda.

Segundo o Instituto para o Progresso, entre 35 e 44 mil trabalhadores com vistos J-1 em áreas consideradas essenciais são afetados pela exigência de retorno ao país de origem. Com a exclusão de países populosos e economicamente relevantes, como China, Brasil e Índia, a expectativa é que mais talentos dessas nações possam continuar contribuindo para a economia e inovação nos EUA.

A atualização reflete também diretrizes da administração Biden, que busca alinhar políticas de imigração e retenção de talentos com os objetivos estratégicos dos EUA, como o desenvolvimento seguro e confiável de tecnologias emergentes, incluindo inteligência artificial. A medida também responde à crescente demanda por mão de obra qualificada, especialmente em setores onde os EUA enfrentam competição global.

Benefícios e desafios para brasileiros

O Brasil é um dos países que mais enviam talentos para os EUA. Em 2023, por exemplo, 41.704 brasileiros estavam com matrículas ativas nas escolas, universidades e programas de intercâmbio dos Estados Unidos, fazendo do Brasil o quinto país com mais estudantes internacionais em instituições de ensino americanas, segundo dados da consultoria Viva América.

Também durante o ano letivo americano de 2023, exatos 4.468 brasileiros atuavam como pesquisadores internacionais ou professores convidados em instituições de ensino superior dos EUA. Com isso, o Brasil foi o quarto país com mais acadêmicos atuando nas universidades e faculdades estadunidenses – um crescimento de 35,7% sobre 2022 e o maior volume já registrado na história.

Os brasileiros também são uma das nacionalidades que mais migra definitivamente para os EUA. No ano passado, 28.050 cidadãos do Brasil receberam a residência permanente estadunidense – o famoso green card. É o maior volume da história e de uma alta de 16% em relação às 24.169 emissões de 2022 – o recorde anterior. O Brasil foi o 10º país que mais recebeu o benefício imigratório. 

Os dados são de um levantamento do escritório da AG Immigration, feito com dados obtidos junto ao Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS). A pesquisa revelou ainda que a quantidade de brasileiros que obtiveram a cidadania americana também atingiu o segundo maior patamar da série histórica, após ter atingido recorde em 2022. Ao todo, foram 12.570 naturalizações em 2023, leve queda de 4,7% sobre as 13.203 do ano anterior. O Brasil foi o 16º país que mais teve nacionais obtendo a cidadania dos EUA.

Para mais informações sobre intercâmbio clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Todos os nossos textos são publicados também no X e no  Facebook

Quem somos

Fonte: Comunicação AG Immigration



Segurança e mensalidades lideram escolha de escolas no Brasil

Especialistas destacam que a decisão vai além da conveniência e da questão financeira, exigindo um olhar atento à proposta educativa e aos valores da instituição.

Autor: Divulgação

Segurança e mensalidades lideram escolha de escolas no Brasil

IA na educação: dicas de prompts para estudo

Inteligência artificial se torna aliada do estudo no Paraná. Especialista orienta uso ético e compartilha comandos para alunos.

Autor: Divulgação

IA na educação: dicas de prompts para estudo

Gestão financeira em instituições de ensino

Para que uma instituição de ensino se mantenha sustentável, é indispensável uma gestão financeira eficiente.

Autor: Leonardo Chucrute

Gestão financeira em instituições de ensino

Aprendizado contínuo: o que motiva profissionais a nunca pararem de evoluir

Porque a capacitação permanente deixou de ser opcional e se tornou pilar estratégico para quem deseja se manter competitivo no mercado.

Autor: Eliane Oliveira

Aprendizado contínuo: o que motiva profissionais a nunca pararem de evoluir

O mestre e o samurai: lições do Japão para a sala de aula brasileira

No Japão, quando um professor entra na sala, os alunos se levantam. O gesto é simples, mas carregado de simbolismo.

Autor: Paulo Rocha


Brasileiros buscam programação com 3,9 milhões de pesquisas

O interesse em programação cresce no Brasil. Cursos e linguagens geraram quase 3,9 milhões de buscas online no último ano.

Autor: Divulgação


Univali inaugura centro de aprendizagem Google

Espaço de 150 m² na Univali em Itajaí nasce de parceria com Google for Education e Instituto Manager para fomentar a inovação digital e metodologias ativas.

Autor: Divulgação

Univali inaugura centro de aprendizagem Google

Para que serve uma escola?

Há uma diferença clara entre ordem e violência. Aliás, o uso da violência é fruto da impossibilidade da ordem.

Autor: Daniel Medeiros

Para que serve uma escola?

Histórico escolar passa a ser emitido on-line em todas as escolas da rede estadual

Nova funcionalidade permite a emissão de documento escolar com rapidez, padronização e segurança.

Autor: Divulgação

Histórico escolar passa a ser emitido on-line em todas as escolas da rede estadual

Sobre o dia do professor

Depois de 35 anos, voltei a assistir Sociedade dos Poetas Mortos.

Autor: Daniel Medeiros


Aprendizagem contínua é exigência no mercado de trabalho

Para Virgilio Marques dos Santos atualizar-se constantemente deixou de ser diferencial e virou condição para quem quer seguir relevante.

Autor: Virgilio Marques dos Santos

Aprendizagem contínua é exigência no mercado de trabalho

Educação superior e a autonomia do MEC em xeque

Um dos pilares da Constituição Federal de 1988 é a clareza na definição de competências do Estado brasileiro.

Autor: Janguiê Diniz