Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Por que o jovem abandona os estudos?

Por que o jovem abandona os estudos?

03/08/2022 Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves

O aluno precisa receber da escola aquilo que cada curso traz em seu enunciado.

Por que o jovem abandona os estudos?

A maioria dos indivíduos com quem tive a oportunidade de dialogar sobre o tema, diz que quando crianças ou jovens, não encontraram alguém – pais, avós, professores ou outros – com capacidade ou disposição para convencê-los sobre a necessidade de estudar. O senso geral é que todos diziam “menino (ou menina...), vai estudar prá garantir seu futuro”. Mas ninguém esclarecia devidamente essa afirmativa. Em alguns casos, a imposição autoritária apresentou efeito contrário provocando aversão e, quando possível, a evasão escolar. Todos os que hoje fazem essa observação já estão pelo menos na meia idade e sentiram a falta que faz o conhecimento e a documentação de escolaridade. Até buscaram recuperar o tempo perdido, mas admitem que poderia ter sido melhor o estudo na época indicada, quando ainda não pesavam sobre seus ombros os compromissos profissionais e a obrigação de sustento próprio e da família que se constituiu muitas vezes precocemente.

Resolvi abordar esse tema por entendê-lo relevante para as próximas gerações. Com os recursos técnicos de hoje e a modernidade cultural, penso ser mais fácil a pais, irmãos, professores e outros conviventes convencer a garotada da necessidade do estudo e dizer claramente onde poderá chegar quem estudar e o que poderá ocorrer a quem abandonar os estudos Principalmente agora, quando a tecnologia tomou conta de toda a cena social e econômica, quem não tiver habilidade e preparo para algum trabalho dificilmente será absorvido pelo mercado, cada dia mais exigente. No passado havia, para os incultos, a alternativa de atividades  em que empregavam a força física. Mas isso acabou, pois atualmente são disponíveis veículos, guindastes, empilhadeiras e processos mecânicos que substituem a força h umana. O mesmo se dá na agricultura que, no lugar do plantio e colheita manuais, agora as possui mecanizadas e até controladas remotamente por satélite e computador. Não precisa mais do plantador ou colhedor, mas do operador dos equipamentos. Deveria fazer parte do currículo escolar, desde aquilo que um dia chamamos de jardim da infância, a apresentação – ainda que ludica – a computadores, máquinas e outros recursos que fatalmente encontrará em sua vida profissional.

Tenho a impressão – não posso afirmar que seja real porque não sou do ramo – que a Educação brasileira enfrenta grande defasagem em relação às necessidades do mercado. Os cursos são muito teóricos e não treinam o aluno para assumir um posto de trabalho, como seria o desejável. Esse é um problema que deveria ser resolvido pelas autoridades educacionais através do aporte de verbas e pelos pedagogos e outros especialistas da área através da montagem de projetos que sejam contemporâneos e possam abastecer o mercado de trabalho aprontando os jovens que todos os anos chegam à idade indicada para buscar emprego e renda. É preciso achar a compatibilização entre o mercado que possui milhares de vagas em aberto por falta de profissionais qualificados e o grande contingente de desempreg ados que não encontra colocação justamente por não ter as credenciais exigidas. A solução é qualificá-los.

É um desperdício os governos manterem formidáveis estruturas universitárias e de ensino básico e médio – que consomem elevadas cifras dos impostos arrecadados – e isso não servir para dar suporte adequado à formação de profissionais e às atividades laboriais. Aquela parcela de professores que foi cooptada para impingir idéias político-partidárias na cabeça dos alunos deveria ser aproveitada para, com sua competência desperdiçada na tentativa de formação de militantes, atuar na preparação de profissionais que possam evoluir na carreira e oferecer novos horizontes à sociedade e economia nacionais.

A manutenção de bolsões ideológicos – não importa se de direita, esquerda ou de centro – dentro da estrutu ra de ensino é um verdadeiro crime de lesa-pátria, pois desvia os recursos educacionais de sua finalidade. Acho quer todos os cidadãos podem, se quiserem, um dia se tornar militantes, mas isso não deve lhe ser despertado na sala de aulas onde há um currículo não político ou partidário a ser cumprido. O aluno precisa receber da escola aquilo que cada curso traz em seu enunciado. Nada impedirá, no entanto, se com a cultura recebida e assimilada, resolver militar politicamente e até tornar-se líder. Mas cada coisa ao seu tempo e sem jamais negligenciar a base.

Que tal, senhores militantes do ensino, em vez de oferecer ideologia aos jovens, buscar o melhor formato de convencê-los a estudar e a ter nos estudos o seu passaporte para um futuro melhor. Mais justo e adequado do que tentar formar ativistas...
 
* Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo).

Para mais informações sobre Ensino clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: ASPOMIL



CEFET-MG oferece mais de 600 vagas de graduação para o segundo semestre em cinco cidades

Podem participar os candidatos que concluíram o Ensino Médio ou equivalente, que realizaram uma das três últimas edições do Enem.

Autor: Divulgação


Ecofuturo lança e-book de Educação e Natureza

A publicação marca a conclusão do ciclo de 2023 do programa Meu Ambiente.

Autor: Divulgação

Ecofuturo lança e-book de Educação e Natureza

Estratégias práticas para o desenvolvimento infantil

O desenvolvimento infantil é um processo repleto de marcos importantes que influenciam a aprendizagem e o futuro das crianças.

Autor: Luciana Brites

Estratégias práticas para o desenvolvimento infantil

Os jovens e o trabalho

A responsabilidade de gerar filhos é algo muito sério porque pai e mãe possibilitam a encarnação de uma alma para evoluir no mundo material, o aquém.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra

Os jovens e o trabalho

O fim da geração nem-nem está na aprendizagem?

No labirinto complexo das políticas trabalhistas, há uma série de fatores que merecem nossa atenção.

Autor: Francisco de Assis Inocêncio

O fim da geração nem-nem está na aprendizagem?

A escola pública sob administração privada

O Estado do Paraná apresenta ao Brasil um novo formato de administração à rede escolar.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O compromisso das escolas privadas na educação antirracista

Alcançar o sucesso demanda comprometimento de faculdades e universidades com a formação inicial de professores.

Autor: Luana Tolentino

O compromisso das escolas privadas na educação antirracista

Inscrições abertas para os cursos de condutores de caminhões

A Fabet São Paulo está com inscrições abertas para três cursos avançados voltados a formação e aperfeiçoamento de condutores de caminhões.

Autor: Marcos Villela Hochreiter


Exercitando a empatia

No meu último ano de sala de aula, tive uma turma de quarto ano que se tornou muito querida.

Autor: Vanessa Nascimento

Exercitando a empatia

Conhecimento é combustível para a motivação

Não são incomuns as histórias de profissionais que, voluntariamente, trocam de emprego para ganhar menos do que em suas posições anteriores.

Autor: Yuri Trafane

Conhecimento é combustível para a motivação

Violência escolar: qual a causa e como solucionar

Comportamentos violentos nas escolas se intensificam cada dia mais, ou pelo menos a sua relevância tem ficado mais clara.

Autor: Felipe Lemos

Violência escolar: qual a causa e como solucionar

Todo dia é Dia da Educação

“A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.” Rousseau. “O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.” Immanuel Kant.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra

Todo dia é Dia da Educação