Osteoartrose Grave
Osteoartrose Grave
Também conhecida como artrose grave ou osteoartrite grave, representa o estágio mais avançado da osteoartrose.
Trata-se de uma doença crônica e degenerativa das articulações, caracterizada pelo desgaste severo da cartilagem que reveste as extremidades dos ossos.
O que acontece na osteoartrose grave?
Em uma articulação saudável, a cartilagem atua como um amortecedor, permitindo que os ossos deslizem suavemente uns sobre os outros. Na osteoartrose grave, o processo de desgaste progrediu a ponto de a cartilagem ter sido quase completamente destruída ou totalmente perdida.
Com a ausência ou severa diminuição da cartilagem, ocorre um atrito direto entre os ossos, causando:
Dor intensa: O atrito ósseo gera dor considerável, que pode ser constante e piorar com o movimento ou após períodos de inatividade.
Inflamação: O atrito e o dano ósseo levam à inflamação da articulação (artrite), que contribui para a dor e o inchaço.
Formação de osteófitos (bicos de papagaio): O corpo tenta reparar o dano ósseo criando novas formações ósseas nas bordas das articulações, conhecidas como osteófitos, que podem causar mais dor e limitar o movimento.
Alterações ósseas: O osso subcondral (abaixo da cartilagem) pode se tornar mais denso e rígido (esclerose subcondral) ou desenvolver cistos.
Deformidades articulares: Com o tempo, a estrutura da articulação pode ser alterada, levando a deformidades visíveis.
Perda significativa da função: A capacidade de mover a articulação é severamente limitada, impactando as atividades diárias.
Articulações mais afetadas
Embora a osteoartrose grave possa afetar qualquer articulação, ela é mais comum em:
Joelhos: Grande suporte de peso, tornando-se muito doloroso caminhar, subir escadas ou se levantar.
Quadris: Dificuldade em atividades como calçar meias ou entrar e sair do carro.
Coluna vertebral: Pode causar dor nas costas, rigidez e, em casos mais graves, compressão de nervos.
Mãos: Nódulos e deformidades nos dedos, com dor e dificuldade para realizar tarefas finas.
Sintomas da Osteoartrose Grave
Os sintomas da osteoartrose grave são uma exacerbação dos sintomas dos estágios iniciais e incluem:
Dor articular persistente e severa: A dor pode ser contínua, mesmo em repouso, e piora significativamente com o movimento e a carga.
Rigidez articular acentuada: Especialmente pela manhã ou após longos períodos de inatividade, podendo durar mais de 30 minutos.
Inchaço e calor na articulação: Sinal de inflamação.
Crepitação ou rangido: Sons audíveis e sensações de atrito ao mover a articulação, devido ao contato entre os ossos.
Perda significativa da amplitude de movimento: A articulação torna-se muito limitada em seus movimentos.
Instabilidade articular: Sensação de que a articulação "trava" ou "cede".
Deformidades visíveis: A articulação pode apresentar um formato alterado.
Dificuldade extrema para realizar atividades diárias: Caminhar, vestir-se, subir escadas, pegar objetos tornam-se tarefas muito dolorosas e difíceis.
Diagnóstico
O diagnóstico da osteoartrose grave é feito por um médico (geralmente um ortopedista ou reumatologista) com base em:
Histórico clínico: Avaliação dos sintomas, duração, intensidade e impacto na vida do paciente.
Exame físico: O médico avaliará a dor, o inchaço, a amplitude de movimento e a presença de crepitação e deformidades.
Exames de imagem:
Radiografias (raio-X): São as mais comuns e mostram claramente o estreitamento do espaço articular (devido à perda de cartilagem), a esclerose subcondral e a presença de osteófitos.
Ressonância Magnética (RM) ou Tomografia Computadorizada (TC): Podem ser usadas para uma avaliação mais detalhada do dano à cartilagem, ossos e tecidos moles ao redor da articulação.
Tratamento
O tratamento da osteoartrose grave visa aliviar a dor, melhorar a função e a qualidade de vida do paciente, uma vez que a cartilagem danificada não pode ser regenerada naturalmente de forma eficaz. As opções de tratamento podem incluir:
Medidas não farmacológicas:
Controle do peso: Reduzir o peso diminui a carga sobre as articulações.
Fisioterapia: Exercícios específicos para fortalecer os músculos ao redor da articulação, melhorar a flexibilidade e a mobilidade.
Órteses e dispositivos de apoio: Bengala, andador ou joelheiras podem ajudar a aliviar a carga.
Terapia ocupacional: Para adaptar as atividades diárias e usar técnicas que preservem as articulações.
Medicamentos:
Analgésicos: Paracetamol, dipirona.
Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): Para reduzir a dor e a inflamação, tanto orais quanto tópicos.
Opioides fracos: Em casos de dor muito intensa e persistente, por curtos períodos.
Infiltrações: Injeções intra-articulares de corticosteroides (para reduzir inflamação) ou ácido hialurônico (para lubrificar a articulação).
Tratamentos cirúrgicos: São frequentemente considerados em casos de osteoartrose grave, quando os tratamentos conservadores não proporcionam alívio suficiente da dor e da perda de função.
Artroscopia: Em alguns casos, pode ser usada para remover fragmentos de cartilagem ou tecido que causem bloqueio.
Osteotomia: Cirurgia para realinhar um osso e redistribuir o peso sobre a articulação.
Artroplastia (substituição articular): É a cirurgia mais comum e eficaz para a osteoartrose grave, especialmente no joelho e quadril. Consiste na substituição da articulação danificada por uma prótese artificial.
Artrodese: Fusão da articulação para eliminar a dor, mas sacrificando a mobilidade.
A escolha do tratamento dependerá da articulação afetada, da idade do paciente, do nível de dor e da limitação funcional. É fundamental que o tratamento seja individualizado e supervisionado por um especialista.
Fonte: Gemini


