Black Friday: especialista alerta para riscos de endividamento e golpes
Black Friday: especialista alerta para riscos de endividamento e golpes
Especialista em finanças alerta que Black Friday de R$ bilhões aumenta risco de endividamento e golpes, expondo a falta de planejamento do consumidor.
A Black Friday se consolidou como uma das datas mais importantes do varejo, movimentando bilhões de reais impulsionada pelo comércio eletrônico e crédito facilitado. Contudo, junto com as ofertas, crescem os riscos de endividamento e a incidência de golpes financeiros.
Para o educador financeiro André Charone, autor do livro “A Verdade Sobre o Dinheiro”, a data expõe um problema estrutural no comportamento do consumidor: a falta de planejamento. “Promoção não pode ser desculpa para gastar mais do que se pode pagar. As famílias ainda confundem desconto com vantagem financeira”, afirma.
A armadilha mais comum segue sendo o “desconto fake”, onde preços são elevados dias antes para simular uma redução que não representa economia real. Charone explica que “o consumidor que não acompanha os preços vira refém da propaganda. Sem histórico de valores, ele paga o preço normal acreditando que economizou”. O uso de ferramentas de monitoramento de preços é a forma mais segura de evitar esta prática.
Outro fator de risco é o parcelamento longo. Compras em 10 ou 12 vezes criam uma falsa sensação de poder de compra. “O parcelamento dilui a dor do pagamento, mas compromete a renda por muito mais tempo, e o problema aparece quando várias parcelas se acumulam”, alerta Charone, sugerindo que o total de parcelas fixas não ultrapasse 30% da renda líquida mensal.
A combinação de descontos agressivos e senso de urgência favorece compras por impulso. “Preço baixo não transforma supérfluo em necessidade. Compra impulsiva é, muitas vezes, o início do descontrole financeiro”, diz o especialista, recomendando que o consumidor separe previamente o que é necessário.
Os golpes digitais também disparam no período. Sites falsos, boletos adulterados e links fraudulentos se multiplicam. Os cuidados incluem conferir o CNPJ da empresa, desconfiar de preços muito abaixo do mercado e evitar links de mensagens. “O golpe se aproveita da pressa. Quando a oferta parece boa demais, quase sempre é”, adverte Charone.
Um erro recorrente é tratar o limite do cartão de crédito como extensão da renda. “O cartão não aumenta a renda de ninguém. Ele apenas empurra o problema para os próximos meses, geralmente com juros altos”, explica.
A data só vale a pena para quem se organiza e busca antecipar despesas previstas ou trocar equipamentos essenciais. “A diferença entre oportunidade e cilada está no planejamento. Sem ele, até o maior desconto vira prejuízo”, resume Charone, defendendo que o foco deve ser na educação financeira permanente.
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