Grupo WhatsApp

Inteligência em gestão de redes e segurança de dados

Inteligência em gestão de redes e segurança de dados

25/02/2024 Alexandre Armellini

Abrimos o ano de 2024 com cenários mais complexos e desafiadores para segurança de dados, iniciando um novo capítulo na corrida contra a indústria do cibercrime.

Inteligência em gestão de redes e segurança de dados

Trouxemos do ano anterior a herança de uma incidência crescente de golpes cibernéticos que incluem um ataque de ransomware a cada 14 segundos em âmbito mundial. Sabemos que dezenas de novas ameaças, mais tecnológicas e agressivas, surgem diariamente, no entanto, 70% dos incidentes registrados ao redor do mundo estão baseados em vulnerabilidades conhecidas e quase metade deles (43%) é favorecido por brechas internas nas redes de computadores, muitas das quais poderiam ser evitadas.

Chegamos a esses números por meio de análise de dados de diferentes fontes entre parceiros de negócios, mercados que atendemos globalmente, pesquisas em bancos de dados como o CVE (Common Vulnerabilities and Exposures - sistema criado para identificar, definir e catalogar vulnerabilidades publicamente conhecidas) e MITRE ATT&CK (base de conhecimento acessível globalmente de táticas e técnicas adversárias baseadas em observações do mundo real), entre outras. Esse trabalho de compilação foi desenvolvido por nossos times de Red Team LATAM e EMEA para ajudar empresas a manterem a segurança das suas redes em dia.

Sistemas atualizados e educação dos usuários

O percentual de 43% dos ataques cibernéticos facilitados por brechas nas redes é um alerta de que ainda há gaps importantes na utilização das melhores práticas em segurança de dados. A atualização de sistemas, por exemplo, é fator crucial para que patches de segurança estejam up to date com o avanço das ameaças cibernéticas, afinal, não adianta investir em uma plataforma com tecnologia de ponta se o servidor e o sistema operacional estão ultrapassados, sem correções críticas de segurança.

Além disso, não podemos descartar o fato de que muitas atualizações de segurança são lançadas de forma reativa, após a identificação de uma nova ameaça, o que requer atenção redobrada. Nesse sentido, outras medidas protetivas precisam ser planejadas e orquestradas de acordo com porte, padrão do processamento de dados e outras demandas especificas, garantindo cobertura de rede aderente ao modelo do negócio, racionalizando custos e otimizando a operação.

Reitero – afinal, não é novidade – que o usuário é o elo mais fraco do ciberespaço. - 95% dos ataques em 2023 ocorreram devido a erros humanos. É por isso que volto a recomendar às empresas que invistam na educação dos seus colaboradores sobre as melhores práticas no uso da internet e das redes corporativas. Vale lembrar que esse é um trabalho que deve ser recorrente, não só para criar o mindset nas equipes, como para reciclagem das informações, à medida em que as ameaças se renovam.

Identidades são alvo visado como porta de entrada para ataques

Manter o controle das redes suportando enésimos dispositivos conectados – e aqui devemos considerar inúmeros terminais como sensores, câmeras e outros equipamentos entendidos como IoT (Internet das Coisas) com sistemas próprios embarcados - depende de uma gestão aprimorada a partir dos acessos e identidades (observamos que as ameaças de identidade emergiram como o principal tema das intrusões interativas. 80% de todas as violações usam identidades comprometidas).

Percebemos que o Kerberoasting, método de ataque utilizado para extrair credenciais de contas de serviço, cresceu 583% em 2023 em comparação a 2022. Também identificamos aumento de 160% nas tentativas de coletar chaves secretas e outras credenciais por meio de APIs de metadados de instância de nuvem. Outro dado a ser observado é que, no ano passado, 36% dos ambientes de nuvem apresentaram configurações padrão inseguras do provedor de serviços de cloud.

Inteligência em segurança de dados com apoio da IA

Com a consolidação do 5G e da Edge Computing, ampliando o perímetro do fluxo de dados e, consequentemente, os riscos iminentes, acredito que a Cyber Threat Intelligence, ou CTI, tende a ganhar espaço nobre nas estratégias de cibersegurança. Falando de uma maneira simples, o processo de inteligência de ameaças digitais começa em um estágio “desconhecidos-desconhecidos” em que não temos ideia sobre as ameaças e tentamos localizá-las.

Após a obtenção das informações preliminares sobre aquelas ameaças, passamos para a segunda etapa chamada de “desconhecidos conhecidos”. Nesta fase, analisamos as informações e entendemos a natureza das ameaças e, com esses dados, mitigamos as ameaças e chegamos ao estágio final, denominado “conhecidos-conhecidos”.

Isso não significa que ferramentas já aplicadas como Zero Trust, Bug Bounty (mecanismo utilizado para identificar vulnerabilidades com dados da comunidade de cibersegurança – pesquisadores e hunters) e testes de intrusão perderão usabilidade, muito pelo contrário, a proteção de dados é um conjunto de medidas que incorpora novas ferramentas à medida em que o cibercrime evolui.

* Alexandre Armellini é gerente de Red Team da Cipher.

Para mais informações sobre segurança de dados clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Capital Informação



A virada fiscal: como a reforma tributária impulsiona a digitalização das empresas

A preparação para a reforma tributária começa pelo mapeamento minucioso dos fluxos críticos.

Autor: Cláudio Costa


Como adentrar no universo 4.0 com confiança e sem hesitação

A digitalização na Indústria deixou de ser tendência e passou a requisito para a competividade.

Autor: Hernane Cauduro

Como adentrar no universo 4.0 com confiança e sem hesitação

Presença digital não basta: como transformar visibilidade em negócios

Toda empresa hoje está praticamente inserida no ambiente digital por um perfil institucional no LinkedIn, Instagram, Tic Toc, X, ou com seu próprio site ou canal no Youtube.

Autor: Marcelo Freitas

Presença digital não basta: como transformar visibilidade em negócios

UFMG cria app para reabilitar homens

App IUProst®, 100% brasileiro e gratuito, usa gamificação para reabilitar pacientes de câncer de próstata com incontinência urinária e sexual.

Autor: Divulgação

UFMG cria app para reabilitar homens

Por que as empresas estão investindo em MDM (Mobile Device Management)

Com o avanço do trabalho remoto e o uso crescente de dispositivos móveis nas empresas, aumenta também a preocupação com a segurança e a gestão desses equipamentos.

Autor: Paulo Amorim

Por que as empresas estão investindo em MDM (Mobile Device Management)

Golpes digitais crescem: como a geração 50+ se protege

Cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de fraudes financeiras envolvendo Pix ou boletos no último ano.

Autor: Divulgação

Golpes digitais crescem: como a geração 50+ se protege

Brasil concentra 90% dos ataques cibernéticos da América Latina

Além da vulnerabilidade técnica, a falta de cultura de proteção é o principal problema no Brasil.

Autor: Divulgação

Brasil concentra 90% dos ataques cibernéticos da América Latina

Mensagens de WhatsApp fora do expediente podem gerar processo trabalhista?

Suéllen Paulino listou quais medidas devem ser tomadas caso o funcionário esteja recebendo mensagens corporativa.

Autor: Divulgação

Mensagens de WhatsApp fora do expediente podem gerar processo trabalhista?

Dia do Idoso: dicas para não cair em golpes financeiros

Banco aposta na educação digital para ajudar os idosos a identificarem riscos e evitarem prejuízos.

Autor: Daniele Ferreira

Dia do Idoso: dicas para não cair em golpes financeiros

TJMG alerta para golpes que usam o nome da instituição

Cidadãos devem verificar mensagens por canais oficiais.

Autor: Divulgação

TJMG alerta para golpes que usam o nome da instituição

O golpe ainda é o mesmo

O avanço da tecnologia e as novas ferramentas financeiras criaram novos jeitos de aplicar velhos golpes.

Autor: Divulgação

O golpe ainda é o mesmo

O poder oculto das plataformas de conteúdo no setor financeiro

O setor de Bancos, Serviços Financeiros e Seguros (BFSI) lida diariamente com dados de clientes, contratos regulatórios e transações em tempo real.

Autor: Marcos Pinotti

O poder oculto das plataformas de conteúdo no setor financeiro