A instalação de usinas fotovoltaicas está entre as iniciativas executadas por meio do Acordo de Reparação de Brumadinho na região atingida pelo rompimento das barragens da Vale, em 2019. No último ano, 13 usinas foram instaladas em três destes municípios – oito em Morada Nova de Minas, três em Juatuba e duas em Maravilhas.  

Ao todo, estão previstas mais de 40 usinas fotovoltaicas, abrangendo dez dos 26 municípios atingidos: Biquinhas, Curvelo, Felixlândia, Florestal, Juatuba, Maravilhas, Morada Nova de Minas, Paraopeba, Pompéu e São José da Varginha. 

Das oito usinas instaladas em Morada Nova de Minas, seis já estão em operação, sendo todas em prédios públicos. Segundo a prefeitura, a economia gerada pelos seis equipamentos já representa uma redução de 50% na conta de energia elétrica do município, permitindo que esses recursos sejam redirecionados para outras áreas. 

As usinas em Juatuba e Morada Nova de Minas foram instaladas em propriedades privadas de agricultores que participam de programas sociais, como o Programa Municipal de Agricultura Familiar, desenvolvido em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater).

A instalação dessas usinas fortalece a política pública ao aliar geração de energia sustentável com o uso responsável e produtivo da terra, beneficiando produtores selecionados com base em critérios técnicos e fortalecendo a integração entre desenvolvimento rural e políticas públicas inclusivas. 

Para os próximos meses, está prevista a instalação de mais 13 usinas em Juatuba – sete em propriedades privadas de agricultores participantes de programas sociais e seis em áreas públicas. Em Maravilhas, serão instaladas ao todo dez usinas fotovoltaicas. Duas delas já estão concluídas. 

Os investimentos estimados para as usinas nos três municípios são: 

- Juatuba: R$ 2,4 milhões; 

- Maravilhas: R$ 679 mil; 

- Morada Nova de Minas: R$ 4,4 milhões. 

Preservação ambiental 

Com a implantação das mais de 40 usinas fotovoltaicas previstas na região atingida, que terão capacidade de geração de 925.540 kWh/mês, espera-se evitar o despejo anual de 5,9 mil toneladas de dióxido de carbono (tCO²) na atmosfera. Esse impacto equivale à preservação de 42 mil árvores por ano.  

Ao longo da vida útil das usinas – estimadas em 25 anos – projeta-se que 147 mil tCO² deixem de ser emitidos, o que corresponde à preservação de mais de um milhão de árvores. 

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