A nova era da indústria alimentícia
A nova era da indústria alimentícia
Quando tecnologia e sustentabilidade caminham juntas.
O setor alimentício brasileiro vive um momento de transformação sem precedentes. É fácil enxergarmos isso ao analisar a pressão por eficiência energética, rastreabilidade e redução de impacto ambiental.
O mundo demanda alimentos mais seguros, sustentáveis e produzidos de forma ética, e o Brasil tem todas as condições para liderar esse movimento, desde que continue investindo em tecnologia, inovação e integração entre os elos da cadeia produtiva.
Nos últimos anos, a indústria de alimentos passou a olhar com mais atenção para o papel da máquina e do equipamento industrial como vetor de sustentabilidade. As novas tecnologias de automação, controle digital e inteligência artificial estão redefinindo parâmetros de produtividade, qualidade e consumo de recursos.
Cada vez mais, eficiência energética e inovação tecnológica caminham lado a lado. É nesse ponto que a indústria de máquinas se consolida como o motor da transformação, porque é ela quem viabiliza, de fato, a sustentabilidade industrial.
Essa visão norteou a segunda edição do Seminário de Oportunidades no Setor Alimentício, promovido pela CSMIAFRI na sede da ABIMAQ, em São Paulo.
O evento reuniu representantes de empresas como Nestlé, Mondelēz, MBRF, Guibon Foods e ABPA, que apresentaram cases inspiradores de como a inovação pode ser aliada do meio ambiente e da competitividade.
Em comum, todas essas experiências mostraram que as grandes mudanças não virão apenas das metas de descarbonização, mas do uso inteligente da tecnologia, seja para reduzir emissões, otimizar processos ou elevar o padrão de qualidade dos alimentos produzidos no país.
O caminho da transição energética é um exemplo claro dessa convergência. Hoje, a indústria alimentícia avança rapidamente na adoção de biometano, biomassa, energia solar e hidrogênio verde. A Nestlé, por exemplo, já opera unidades com 100% de energia renovável e utiliza biometano como combustível limpo.
Esses movimentos mostram que a sustentabilidade deve ser encarada como uma oportunidade econômica. Produzir de forma limpa é, cada vez mais, sinônimo de eficiência e redução de custos operacionais.
Por outro lado, a digitalização industrial tem revolucionado a forma de pensar a produtividade. A inteligência artificial, já presente nas linhas de abate e inspeção, permite análises em tempo real e resultados antes impensáveis em termos de precisão e padronização.
A indústria avícola é um bom exemplo: sistemas de IA realizam leituras de milhares de carcaças por hora, eliminando falhas humanas e garantindo rastreabilidade total via blockchain.
Trata-se de um salto tecnológico que muda o patamar da competitividade brasileira, e que só é possível porque há fabricantes de máquinas e equipamentos comprometidos em inovar junto com seus clientes.
Essa integração entre quem fabrica tecnologia e quem a utiliza é o que impulsiona a inovação. A missão da CSMIAFRI tem sido justamente aproximar esses mundos, criando um ambiente de diálogo, confiança e cooperação.
A indústria de máquinas é, em essência, a indústria da indústria. E quando ela entende a dor e a necessidade do seu cliente, é capaz de desenvolver soluções que não apenas resolvem problemas imediatos, mas criam novos modelos de eficiência e sustentabilidade.
O Brasil possui vantagens comparativas únicas, como a disponibilidade de biomassa, matriz energética limpa, cadeia agroindustrial estruturada e um parque industrial diversificado.
Mas transformar esse potencial em liderança exige políticas industriais de longo prazo, estímulo à inovação e valorização da engenharia nacional. A ABIMAQ tem trabalhado fortemente nesse sentido, defendendo condições que permitam à indústria investir, produzir e exportar tecnologia.
A sustentabilidade não é um fim em si mesma. É um processo de transformação contínua, que depende de inovação, de pessoas qualificadas e de políticas que estimulem o desenvolvimento produtivo. O setor alimentício está no centro dessa mudança e mostra que é possível unir propósito e resultado.
A CSMIAFRI acredita que o futuro da indústria brasileira será cada vez mais colaborativo, tecnológico e sustentável e que o alimento produzido no Brasil continuará sendo sinônimo de qualidade, eficiência e responsabilidade.
* Armando Aquino é sócio fundador da Varpe Brasil e presidente da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria Alimentícia, Farmacêutica e Refrigeração Industrial (CSMIAFRI) da ABIMAQ.
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Fonte: Vervi Assessoria


