Grupo WhatsApp

A nova era da indústria alimentícia

A nova era da indústria alimentícia

04/12/2025 Armando Aquino

Quando tecnologia e sustentabilidade caminham juntas.

O setor alimentício brasileiro vive um momento de transformação sem precedentes. É fácil enxergarmos isso ao analisar a pressão por eficiência energética, rastreabilidade e redução de impacto ambiental.

O mundo demanda alimentos mais seguros, sustentáveis e produzidos de forma ética, e o Brasil tem todas as condições para liderar esse movimento, desde que continue investindo em tecnologia, inovação e integração entre os elos da cadeia produtiva.

Nos últimos anos, a indústria de alimentos passou a olhar com mais atenção para o papel da máquina e do equipamento industrial como vetor de sustentabilidade. As novas tecnologias de automação, controle digital e inteligência artificial estão redefinindo parâmetros de produtividade, qualidade e consumo de recursos.

Cada vez mais, eficiência energética e inovação tecnológica caminham lado a lado. É nesse ponto que a indústria de máquinas se consolida como o motor da transformação, porque é ela quem viabiliza, de fato, a sustentabilidade industrial.

Essa visão norteou a segunda edição do Seminário de Oportunidades no Setor Alimentício, promovido pela CSMIAFRI na sede da ABIMAQ, em São Paulo.

O evento reuniu representantes de empresas como Nestlé, Mondelēz, MBRF, Guibon Foods e ABPA, que apresentaram cases inspiradores de como a inovação pode ser aliada do meio ambiente e da competitividade.

Em comum, todas essas experiências mostraram que as grandes mudanças não virão apenas das metas de descarbonização, mas do uso inteligente da tecnologia, seja para reduzir emissões, otimizar processos ou elevar o padrão de qualidade dos alimentos produzidos no país.

O caminho da transição energética é um exemplo claro dessa convergência. Hoje, a indústria alimentícia avança rapidamente na adoção de biometano, biomassa, energia solar e hidrogênio verde. A Nestlé, por exemplo, já opera unidades com 100% de energia renovável e utiliza biometano como combustível limpo.

Esses movimentos mostram que a sustentabilidade deve ser encarada como uma oportunidade econômica. Produzir de forma limpa é, cada vez mais, sinônimo de eficiência e redução de custos operacionais.

Por outro lado, a digitalização industrial tem revolucionado a forma de pensar a produtividade. A inteligência artificial, já presente nas linhas de abate e inspeção, permite análises em tempo real e resultados antes impensáveis em termos de precisão e padronização.

A indústria avícola é um bom exemplo: sistemas de IA realizam leituras de milhares de carcaças por hora, eliminando falhas humanas e garantindo rastreabilidade total via blockchain.

Trata-se de um salto tecnológico que muda o patamar da competitividade brasileira, e que só é possível porque há fabricantes de máquinas e equipamentos comprometidos em inovar junto com seus clientes.

Essa integração entre quem fabrica tecnologia e quem a utiliza é o que impulsiona a inovação. A missão da CSMIAFRI tem sido justamente aproximar esses mundos, criando um ambiente de diálogo, confiança e cooperação.

A indústria de máquinas é, em essência, a indústria da indústria. E quando ela entende a dor e a necessidade do seu cliente, é capaz de desenvolver soluções que não apenas resolvem problemas imediatos, mas criam novos modelos de eficiência e sustentabilidade.

O Brasil possui vantagens comparativas únicas, como a disponibilidade de biomassa, matriz energética limpa, cadeia agroindustrial estruturada e um parque industrial diversificado.

Mas transformar esse potencial em liderança exige políticas industriais de longo prazo, estímulo à inovação e valorização da engenharia nacional. A ABIMAQ tem trabalhado fortemente nesse sentido, defendendo condições que permitam à indústria investir, produzir e exportar tecnologia.

A sustentabilidade não é um fim em si mesma. É um processo de transformação contínua, que depende de inovação, de pessoas qualificadas e de políticas que estimulem o desenvolvimento produtivo. O setor alimentício está no centro dessa mudança e mostra que é possível unir propósito e resultado.

A CSMIAFRI acredita que o futuro da indústria brasileira será cada vez mais colaborativo, tecnológico e sustentável e que o alimento produzido no Brasil continuará sendo sinônimo de qualidade, eficiência e responsabilidade.

* Armando Aquino é sócio fundador da Varpe Brasil e presidente da Câmara Setorial de Máquinas para a Indústria Alimentícia, Farmacêutica e Refrigeração Industrial (CSMIAFRI) da ABIMAQ.

Para mais informações sobre setor alimentício clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Todos os nossos textos são publicados também no Facebook e no X (antigo Twitter)

Quem somos

Fonte: Vervi Assessoria



Para onde caminha a humanidade?

O pragmatismo está ampliando a confrontação econômica. Novas formas de produzir e comercializar vão surgindo com mais rigidez e agilidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Reforma Tributária: mudança histórica ou novo capítulo do caos fiscal

A Reforma Tributária entra na fase prática em 2026 com a criação do IBS e da CBS, que passam a incidir com alíquotas reduzidas.

Autor: Eduardo Berbigier


Austeridade fiscal, caminho obrigatório para ordem e progresso

Quando se aproximam as eleições, o brasileiro se pergunta se é possível ter um país melhor em condições de vida para todos os cidadãos. É o que se deseja.

Autor: Samuel Hanan


Impeachment não é monopólio

A decisão de Gilmar Mendes e o estrangulamento institucional.

Autor: Marcelo Aith


Nova lei da prisão preventiva: entre a eficiência processual e a garantia individual

A sanção da Lei 15.272, em 26 de novembro de 2025, representa um marco na evolução do processo penal brasileiro e inaugura uma fase de pragmatismo legislativo na gestão da segregação cautelar.

Autor: Eduardo Maurício


COP 30… Enquanto isso, nas ruas do mundo…

Enquanto chefes de Estado, autoridades, cientistas, organismos multilaterais e ambientalistas globais reuniam-se em Belém do Pará na COP 30, discutindo metas e compromissos climáticos, uma atividade árdua, silenciosa e invisível para muitos seguia seu curso nas ruas, becos e avenidas do Brasil e do mundo.

Autor: Paula Vasone


Reforma administrativa e os impactos na vida do servidor público

A Proposta de Emenda à Constituição da reforma administrativa, elaborada por um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados (PEC 38/25) além de ampla, é bastante complexa.

Autor: Daniella Salomão


A língua não pode ser barreira de comunicação entre o Estado e os cidadãos

Rui Barbosa era conhecido pelo uso erudito da língua culta, no falar e no escrever (certamente, um dos maiores conhecedores da língua portuguesa no Brasil).

Autor: Leonardo Campos de Melo


Você tem um Chip?

Durante muito tempo frequentei o PIC da Pampulha, clube muito bom e onde tinha uma ótima turma de colegas, jogadores de tênis, normalmente praticado aos sábados e domingos, mas também em dois dias da semana.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Dia da Advocacia Criminal: defesa, coragem e ética

Dia 2 de dezembro é celebrado o Dia da Advocacia Criminal, uma data emblemática que, graças à união e à força da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), integra o calendário oficial das unidades federativas do país.

Autor: Sheyner Yàsbeck Asfóra


STF não tem interesse – nem legitimidade – em descriminalizar aborto

A temática relativa ao aborto e as possibilidades de ampliação do lapso temporal para a aplicação da exclusão de ilicitude da prática efervesceram o cenário político brasileiro no último mês.

Autor: Lia Noleto de Queiroz


O imposto do crime: reflexões liberais sobre a tributação paralela nas favelas brasileiras

Em muitas comunidades brasileiras, especialmente nas grandes cidades, traficantes e milicianos impõem o que chamam de “impostos” – cobranças sobre comerciantes, moradores e até serviços públicos, como transporte alternativo e distribuição de gás.

Autor: Isaías Fonseca