Portal O Debate
Grupo WhatsApp

A revolução do mercado não dá opções: ou muda ou morre!

A revolução do mercado não dá opções: ou muda ou morre!

03/06/2022 Daniel Guimarães

Com o perdão da força de expressão no título deste artigo, é preciso dizer que ele traz mais verdades do que excessos. O mercado mudou radicalmente.

O comportamento dos consumidores não é apenas fruto do que eles mesmos desejam, mas do que a própria indústria tem a oferecer.

Mas quem, efetivamente, oferece? Essa é uma das questões que precisamos considerar pra falar nessa tal revolução.

Porém, antes de qualquer coisa, é preciso abolir a ideia de que é necessário apenas ter um bom produto para entrar no mercado.

Foi-se o tempo – e isso faz 40 anos! – em que a realidade mercadológica era centralizada no que havia de oferta.

Hoje, o mercado de cosméticos, de laticínios, de vestuário e de muitos outros produtos convive com um número imenso de concorrentes se atracando não apenas pela preferência do consumidor, mas pelo próprio acesso ao comércio varejista.

A consequência disso é que as super indústrias investem pesado no produto, na embalagem, nos processos de fabricação, mas também nos lobbies necessários para vencer uma concorrência que vai muito além da qualidade e do preço.

Isso, é claro, dificulta ainda mais o caminho dos pequenos. Mas é impossível vencer os gigantes? A resposta é não. Ainda dá para ganhar um espaço que tende a ser somente deles, mas é preciso adotar estratégias audaciosas.

A primeira coisa é entender que essa estratégia é como um cabo de aço. Quanto mais fios você acrescentar nas amarras, ou seja, quanto mais táticas puder lançar mão, mais resistente será esse cabo.

Portanto, não basta investir somente na qualidade. É preciso compreender bem, minuciosamente, todas as etapas do próprio processo, desde a relação com o seu fornecedor até o contato com o cliente.

Antes disso, ainda deve entrelaçar estratégias pensando nos representantes comerciais e na forma como a marca chega aos olhos e aos ouvidos do varejista.

Outro ponto crucial é saber que não basta ter um portfólio com mais de uma centena de produtos, se a base de vendas se restringe a alguns poucos.

No afã de querer atender às demandas mais pontuais do mercado, às vezes até incoerentes, muitas indústrias abrem mão do próprio porto seguro e se lançam a um mar agitado, como é o mercado, acreditando que o novo produto vai fazer um sucesso estrondoso.

Ora, quais foram os percursos, incluindo pesquisas de mercado e relacionamento direto com os varejistas, que levaram a uma conclusão tão afirmativa?

É perfeitamente admissível considerar que a estratégia não necessariamente esteja na ampliação do leque de ofertas ao mercado, mas na sua redução, concentrando os investimentos nos produtos que são, de fato, os mais importantes do portfólio.

E é preciso que o fabricante encare essa hipótese de frente. O grande desafio desse jogo intenso talvez seja o fato de que ninguém vê todas as cartas que estão sobre a mesa.

Mas, por isso mesmo, o mais recomendável é exatamente não apostar todas as fichas em algo que não é tão tátil quanto parece. O melhor, portanto, é estudar bastante o cenário e tomar as medidas adequadas. Não basta tecnologia.

É preciso considerar a experiência, a inteligência competitiva, o domínio sobre as relações comerciais, e enxergar que os estratagemas hoje estão mais sofisticados.

Mas acredite: tudo isso é bom, desde que se tenha expertise para manusear as armas necessárias para romper com a predileção por uma marca num canal específico do mercado.

Conhecimento é um excelente ativo neste momento. Usá-lo em alta dosagem é o primeiro passo para vencer qualquer concorrência.

Desta maneira, é importante estarem internamente preparados e estudar o mercado com profundidade, o que implica também em conhecer o máximo possível seus concorrentes.

Só com um posicionamento claro é possível conquistar uma vantagem competitiva, ainda que seja num mercado altamente voraz.

Como já ficou evidente, isso é possível. Mas passa pela composição de uma estratégia feita por quem de fato entende dos riscos e, sobretudo, das possibilidades.

Neste contexto é que entram valores inerentes aos cases de sucesso do mundo corporativo. Não basta criar novos produtos cegamente, mas, ao contrário, ter a compreensão plena de como o sistema funciona e a habilidade suficiente para operar com um portfólio concatenado a uma gestão de excelência de ponta a ponta.

É aí o nascedouro de conceitos como branding, marca e posicionamento estratégico. A relação jamais foi só de compra e venda. Se um dia você acreditou nisso, a hora é de esquecer.

* Daniel Guimarães é empresário e CEO da 2DA Negócios + Território.

Para mais informações sobre mercado clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Naves Coelho Comunicação



O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A poderosa natureza

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


A maior eleição do mundo e o nacionalismo hindu

O ano de 2024 está sendo considerado o superano das eleições pelo mundo. Ao todo, mais de 50 países terão pleitos variados, dentre os quais o Brasil e os Estados Unidos.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray