Grupo WhatsApp

Brasil em vantagem

Brasil em vantagem

03/03/2009 Vagner Jaime Rodrigues

Economistas e especialistas de mercado são unânimes: os países em desenvolvimento serão menos atingidos e sairão primeiro da crise financeira mundial.

O Brasil é um deles e dizem até que o País poderá ter papel decisivo nesse imbróglio econômico mundial, a partir de sua capacidade de crescimento. Algumas comparações podem ser feitas para demonstrar as variações entre desenvolvidos e em desenvolvimento nesse turbulento cenário econômico. É o caso dos empregos. As demissões no País ainda não chegaram a um nível alarmante como em alguns países desenvolvidos. O Produto Interno Bruto (PIB) também é outro ponto para se analisar. Por aqui, a expectativa é que ele cresça entre 2,5% e 3% este ano - um aumento pequeno, mas ainda sim de crescimento.

As notícias que temos de outras economias, como a da Espanha e do Japão, não são nada animadoras. Pelo terceiro trimestre consecutivo, o PIB japonês apresentou resultados negativos. O último, anunciado em fevereiro, foi o pior de todos: queda de mais de 12%. O fato é que no Brasil o impacto da crise foi em menor escala. Se compararmos os diversos setores econômicos nacionais entre si, podemos observar que o reflexo da atual situação econômica não é unânime. Entretanto, os maiores problemas enfrentados pelos empresários brasileiros nesta crise, até o momento, são a incerteza e o pânico instalado no mercado financeiro nacional e internacional. O setor automobilístico, por exemplo, enfrentou este temor, associado a estreita relação que este segmento possui com as instituições financeiras - vale lembrar que várias montadoras são donas de instituições financeiras de crédito -, a partir do último trimestre do ano passado.

Com medo de ter que dispensar muitos funcionários, estas empresas resolveram dar férias coletivas, a fim de reduzir os estoques e garantir os empregos. O resultado - apoiado também em uma diminuição de impostos na aquisição de veículos adotada pelo governo - foi que no mercado brasileiro começou a faltar alguns modelos de carros, fazendo com que as montadoras cancelassem o recesso forçado para retomar a produção. Em comparação com as empresas automobilísticas mundiais, as do Brasil estão se saindo bem. Companhias americanas, alemães, japonesas, dentre outras, estão demitindo milhares de funcionários - ou propondo o conhecido PDV (Plano de Demissão Voluntária). E parece que ainda há mais demissões pelo caminho...

Por fim, o Brasil está superando melhor a crise. O País adotou uma política econômica completamente conservadora nos últimos anos. Evitou ao máximo o aquecimento desenfreado do consumo e só recentemente abriu linhas de crédito para compra de bens de consumo. Essa política, no fundo, tão combatida por alguns segmentos, acabou sendo positiva dentro desse cenário econômico. Enquanto isso, aguardamos esperançosos o fim da crise no cenário econômico internacional. Já disseram que o pior já passou e neste momento estamos na fase de ajustes do tsunami que varreu a economia. Pode ser! Mas é bom continuarmos sendo cautelosos, ter paciência e tranqüilidade, e continuar trabalhando com objetividade.

* Vagner Jaime Rodrigues é especialista em controladoria, gestão empresarial e gestão de outsourcing; sócio da Trevisan Outsourcing e professor da Trevisan Escola de Negócios.



Para onde caminha a humanidade?

O pragmatismo está ampliando a confrontação econômica. Novas formas de produzir e comercializar vão surgindo com mais rigidez e agilidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Reforma Tributária: mudança histórica ou novo capítulo do caos fiscal

A Reforma Tributária entra na fase prática em 2026 com a criação do IBS e da CBS, que passam a incidir com alíquotas reduzidas.

Autor: Eduardo Berbigier


Austeridade fiscal, caminho obrigatório para ordem e progresso

Quando se aproximam as eleições, o brasileiro se pergunta se é possível ter um país melhor em condições de vida para todos os cidadãos. É o que se deseja.

Autor: Samuel Hanan


Impeachment não é monopólio

A decisão de Gilmar Mendes e o estrangulamento institucional.

Autor: Marcelo Aith


Nova lei da prisão preventiva: entre a eficiência processual e a garantia individual

A sanção da Lei 15.272, em 26 de novembro de 2025, representa um marco na evolução do processo penal brasileiro e inaugura uma fase de pragmatismo legislativo na gestão da segregação cautelar.

Autor: Eduardo Maurício


COP 30… Enquanto isso, nas ruas do mundo…

Enquanto chefes de Estado, autoridades, cientistas, organismos multilaterais e ambientalistas globais reuniam-se em Belém do Pará na COP 30, discutindo metas e compromissos climáticos, uma atividade árdua, silenciosa e invisível para muitos seguia seu curso nas ruas, becos e avenidas do Brasil e do mundo.

Autor: Paula Vasone


Reforma administrativa e os impactos na vida do servidor público

A Proposta de Emenda à Constituição da reforma administrativa, elaborada por um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados (PEC 38/25) além de ampla, é bastante complexa.

Autor: Daniella Salomão


A língua não pode ser barreira de comunicação entre o Estado e os cidadãos

Rui Barbosa era conhecido pelo uso erudito da língua culta, no falar e no escrever (certamente, um dos maiores conhecedores da língua portuguesa no Brasil).

Autor: Leonardo Campos de Melo


Você tem um Chip?

Durante muito tempo frequentei o PIC da Pampulha, clube muito bom e onde tinha uma ótima turma de colegas, jogadores de tênis, normalmente praticado aos sábados e domingos, mas também em dois dias da semana.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Dia da Advocacia Criminal: defesa, coragem e ética

Dia 2 de dezembro é celebrado o Dia da Advocacia Criminal, uma data emblemática que, graças à união e à força da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), integra o calendário oficial das unidades federativas do país.

Autor: Sheyner Yàsbeck Asfóra


STF não tem interesse – nem legitimidade – em descriminalizar aborto

A temática relativa ao aborto e as possibilidades de ampliação do lapso temporal para a aplicação da exclusão de ilicitude da prática efervesceram o cenário político brasileiro no último mês.

Autor: Lia Noleto de Queiroz


O imposto do crime: reflexões liberais sobre a tributação paralela nas favelas brasileiras

Em muitas comunidades brasileiras, especialmente nas grandes cidades, traficantes e milicianos impõem o que chamam de “impostos” – cobranças sobre comerciantes, moradores e até serviços públicos, como transporte alternativo e distribuição de gás.

Autor: Isaías Fonseca