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Meras coincidências

Meras coincidências

12/10/2009 Celso Fernandes

Depois que o saudoso Nelson Rodrigues (´´O anjo maldito``) deixou para a posteridade a frase ´´pouco amor não é amor``, está aí a prova da nova versão do sempre triângulo amoroso na nova novela do Manoel Carlos, e que realmente dizem da vida imitar a arte.

Se em qual ordem não importa, acho que em vias de tornarem cada enredo algo assim de uma cama para três. Por hora ficamos mesmo em: ´´Viver a Vida``. Tal como ela é? Basta dar-se por conta de que ela – muitas vezes – é daquela que imita outras muitas artes com certeza, capite? 

Agora, de alguém ir pra cama com o irmão gêmeo da alcunha Miguel, sem dar conta do que queria encontrar, veja lá que também a famosa desculpa do ´´não é nada disso o que você está pensando`` nunca cai em desuso. Santa malvadeza e o que nos ensinam mais! Portanto, ´´se Adelita com outro se fuera``...   A divisão de bens em certos setores anda por demais aonde querem chegar. Claro, a distraída top model Luciana não podia ter percebido que era o Miguel – justamente o Miguel que, idem, não podia ter percebido o quarto em que dormia e que o outro irmão poderia se conformar com a nada simplória troca de identidade dentro da própria casa. ´´Onde come um, comem dois, é?``.    E depois dizem patavinas da não cobiça pelo que é alheio e do que sempre anda encostado próximo do olho grande, do tipo gordo. Fraqueza? Ora, não vamos entrar outra vez em detalhes na tal da novela da minha vida, como da minha vida que se tornou uma novela.   Principalmente quanto a mensagem que querem levar adiante, como em dar o exemplo. Nada muda? Ou que da mais alta fidelidade tão achegada a riqueza sempre fala mais alto?, que valha sempre mesmo como lição da má incontinência, e não sou apenas eu que anda falando.    E ainda por cima acham que está tudo bonitinho. E já que então engolimos um novo o filão, a seca, vou preencher uma ficha no Projac pra fazer uma ponta pelo menos num daqueles blocos do povo que concorda com tudo, balança a cabeça, sorri – junto! –, como manda o figurino.    Vou roer as unhas por que, se ainda tenho o recurso das cutículas! Afinal, Jorge, ainda que recém traído, também é um brasileiro, merece mais que bons conselhos. Foi só uma brincadeirinha, um erro de pontaria, um lençol vazio, um beijo roubado! Não é nada disso, no capítulo seguinte tudo vai ser diferente.   Paris, a internacional Helena, o abonado Marcos, Búzios; a novela mal está começando... Hora de malhar, refletir, de encontrar pobres pombinhos, casais (des)apaixonados.  Caiu a ficha? Ora, pois, quem viver (a ´´Vida``), logo verá muito mais do que outros honrosos reféns adeptos do curso de telelágrimas, sem perder um único plantão!    Mais que a vida, é a arte; mais que no mundo das artes, do faz de conta, do amor pelo que é do próximo, sempre no impossível – afora os seus espinhos – também vale o teste da múltipla escolha, o revés, a moeda. Em se tratando de Jorge, um brasileiro... Vai que resolvam colocar trigêmeos na parada, de repente o acúmulo de adereços no alto da cabeça venha é a aumentar, sem que os papéis nunca mudem, apenas os personagens. Lembranças de ´´Engraçadinha`` à parte...   Ademã e de leve, que a receita é básica: senta que lá vem mais que uma humilde e afortunada ficção global, e que você não precisa decorar tim tim por tim nem praticar dentro de casa. Por trás dos bastidores, Chapinha, grosso modo, tudo vem ao acaso das meras coincidências. Gravando!   * Celso Fernandes, jornalista, escritor. Colunista de Moda, TV e Literatura. Assessoria de imprensa.



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