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Não se esqueçam dos idosos

Não se esqueçam dos idosos

23/11/2011 Sylvia Romano

Em tempos de redes sociais, sou diariamente bombardeada com notícias sobre maltrato de animais, abandono e todo o tipo de informações macabras sobre a vida dos nossos irmãos ditos irracionais, e que em alguns casos, chego a pensar que são mais humanos do que muito de nós.

Acho muito louvável esse movimento, bem como aqueles voltados aos deficientes, incapazes e crianças. Sensibilizam-me também iniciativas que defendem as minorias, sejam sexuais, raciais e todas as outras passíveis de qualquer tipo de preconceito. Mas tem uma minoria que a maioria vem relegando ao esquecimento há muito tempo: o futuro de todos nós, se conseguirmos sobreviver por um período maior nessa nossa curta existência. Refiro-me aos idosos que, apesar de crescerem em número dia a dia, parece não despertarem o menor interesse da população nem de ninguém. Há poucos dias, ao assistir a uma palestra do ex-ministro Maílson da Nóbrega ouvi, estupefata, que um dos grandes problemas atuais é o alto gasto do governo com os idosos e que esse esforço deveria ser canalizado para investimentos voltados aos jovens.

Parece-me que esse pensamento já começa a se tornar coletivo, principalmente para o pessoal do governo que não tem de se preocupar com o seu final de vida, pois em termos financeiros estão todos muito bem obrigado, se compararmos com os aposentados da iniciativa privada (INSS). O imenso e empobrecido contingente de idosos brasileiros está se tornando um pesado fardo para suas pequenas e diminutas famílias, que hoje não têm mais tempo nem condições financeiras, como acontecia no passado na época das grandes famílias, de serem cuidados por seus parentes. Com o aumento da expectativa de vida, a velhice passou a ser um longo período e sem um planejamento estatal sobre o tema os velhos estão cada vez mais abandonados pela família e pela sociedade.

Se olharmos para os nossos círculos mais próximos de amizade, logo perceberemos essa cruel realidade: idosos largados dentro da sua própria casa, de seus familiares ou nos depósitos de velhos que são a maioria dos nossos asilos ou casas de repouso, bastando uma breve visita a esses locais para comprovar a minha afirmação. Todos os movimentos reivindicatórios ganharam com a chegada das redes sociais uma poderosa arma de luta. Precisamos nos unir às pessoas engajadas que defendem causas nobres para que juntos comecemos a pensar e a atuar pelos idosos, pois além da importância do tema, também estaremos trabalhando em causa própria.

Sylvia Romano* é advogada trabalhista, responsável pelo Sylvia Romano Consultores Associados, em São Paulo.



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