Portal O Debate
Grupo WhatsApp

O poder da gentileza

O poder da gentileza

23/11/2021 Celso Hartmann

O mês de novembro traz uma comemoração muito especial e essencial para estes tempos pandêmicos e de tanta polarização política: o Dia da Gentileza.

Ser gentil é uma virtude que todos queremos sentir nos outros, mas que poucos se preocupam em desenvolver.

É algo que, quando verdadeiramente praticado, contagia os que estão à nossa volta e torna o ambiente mais agradável e, por que não, mais produtivo. Todos querem estar em um ambiente onde a gentileza impera.

A gentileza é uma virtude que deve ser praticada. É algo intencional que, paulatinamente, é internalizado, ou seja, é uma virtude que pode ser aprendida e ensinada.

Mas como ensinar a gentileza? Com conversa e, sobretudo, exemplos. Quando uma família conversa com seus filhos sobre a importância de tratar o próximo com respeito e suavidade, está ensinando a gentileza.

Quando um motorista dá passagem para outro condutor, está demonstrando gentileza para as crianças que estão no banco traseiro do carro e ensinando gentileza para o condutor do outro automóvel.

Quando um professor se abaixa e conversa com uma criança suavemente, olhando nos seus olhos, está ensinando a gentileza.

Lembro-me de, como professor, esperar os alunos na porta do laboratório cumprimentando um a um com um sorriso e um bom dia. Isso é ensinar a gentileza.

É um comportamento que, às vezes, é subestimado ou confundido com fraqueza por uma sociedade absolutamente envolta na aspereza das preocupações diárias, mas que, quando praticado intencionalmente, tem o poder de conquistar corações e se espalhar, tornando, ao final, o ambiente mais cordial, mais gentil.

A gentileza é uma virtude que tem o poder de transformar a sociedade em um espaço melhor para se conviver.

A grandeza da gentileza está colocada na abrangência dessa virtude. Quem quer realmente ser gentil, contagiando e transformando o local onde está, precisa ir além do afeto, do querer bem amigos e familiares. É necessário ser gentil com todos que nos cercam.

E isso não significa ser inocente, muito pelo contrário. Em Aristóteles, a gentileza pode ser rapidamente associada a valores como o amor, a humildade e a temperança, porém, eu a considero, sobretudo, firmemente casada com a virtude do respeito.

A falta da gentileza, tal qual o respeito, traz a negligência, e o excesso, a idolatria. A falta da gentileza é negligenciar a sociedade e a força do bem conviver, o que acarreta, em última instância, em prejuízo para o indivíduo.

Estar em um ambiente onde o desrespeito e a aspereza imperam é ruim para as relações humanas, pouco produtivo, insalubre.

Ao tratar com aspereza uma pessoa, construímos barreiras invisíveis que atrapalham a comunicação e dificultam as relações com os outros.

O excesso de gentileza, por sua vez, é confundi-la com o aceitar qualquer atitude e não falar a verdade por ela ser dura demais. Verdades precisam ser ditas, mas isso pode ser feito com leveza e respeito.

Ao ver uma criança cometendo um erro, o adulto deve repreendê-la, com firmeza, porém, com doçura. Um colega de trabalho, superior hierarquicamente ou não, tem o dever de alertar o outro quando este estiver errando.

Alertar com dados, informando o que acredita estar errado, de forma respeitosa. E o colega que está recebendo esse alerta deve aceitar a informação com educação, agradecendo e, depois, usando-a da melhor forma possível.

Isso é verdadeiramente ser gentil: falar a verdade com respeito e empatia, querer o bem do todo: da empresa e do ambiente onde se está inserido.

Locais onde a gentileza impera, com a força da verdade e do bem querer o outro, são ambientes inspiradores, onde gostamos de estar e que queremos bem.

Que o mês de novembro possa ser um momento de reflexão sobre a intencionalidade da gentileza. Queira ser gentil.

Em pouco tempo, você sentirá o poder dessa virtude tão menosprezada: as pessoas passarão a lhe tratar melhor, você se sentirá inspirado para ser gentil com mais pessoas, e o ambiente à sua volta será transformado.

Pratique a gentileza e ajude o nosso planeta a ser um lugar melhor para viver e conviver.

* Celso Hartmann é diretor executivo dos colégios do Grupo Positivo.

Para mais informações sobre gentileza clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Central Press



2024, um ano de frustração anunciada

O povo brasileiro é otimista por natureza.

Autor: Samuel Hanan


Há algo de muito errado nas finanças do Governo Federal

O Brasil atingiu, segundo os jornais da semana passada, cifra superior a um trilhão de reais da dívida pública (R$ 1.000.000.000.000,00).

Autor: Ives Gandra da Silva Martins


O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves