O seguro morreu antes de ser velho
O seguro morreu antes de ser velho
Imagine você, empresário ou comerciante que, por mais 30 anos buscando o seu sustento, acordando às 6 horas da manhã, construindo seu negócio e sustento, pagando regularmente e por anos um seguro que prometeu proteger o patrimônio da sua empresa, depara-se com um ciclone extratropical, que devasta a sua estrutura e os seus produtos.
Um dos primeiros pensamentos que provavelmente vem à cabeça é: “Ainda bem que eu tenho seguro...”. E se eu te disser que pagar por anos e anos uma apólice de seguro não irá proteger o teu negócio?
Têm-se presenciado nos mais diversos veículos de mídia os horrores que a população do Vale do Taquari vem enfrentando desde o início de setembro.
Porém, pouco se falou sobre os reflexos na economia local, bem como sobre a importância das seguradoras para com o ocorrido.
Tomou-se conhecimento por lojistas da cidade de Lajeado que buscaram garantir a proteção dos seus negócios por anos, que as seguradoras estão apresentando contínuas negativas para as solicitações de indenização por todos os danos que suportaram.
Para a surpresa de muitos, tão somente estão se deparando agora com exclusões “convenientes” por parte das seguradoras, que em 100% dos casos que nos foram apresentados pelos consumidores, não houve qualquer tipo de informação sobre tanto.
A grande maioria dos lojistas tiveram de presenciar a perda de toda a sua estrutura. Fato é que o encerramento das atividades do negócio, frente a ausência de assistência e indenização pelas seguradoras, vem se tornando cada vez mais “considerado” pelos lojistas como uma solução aos problemas.
Impossível não refletir sobre o assunto, até mesmo porque as mesmas seguradoras que se beneficiam dos lojistas segurados ao distribuir negativas administrativas são as mesmas que lucraram com os pagamentos mensais.
A preocupação com a ampliação do acesso debatida se justifica prioritariamente nas estimativas de aumento dos prejuízos que as seguradoras terão de suportar.
* Rafael Caferati é advogado do escritório Jobim Advogados Associados.
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Fonte: Camejo