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Por que seguir o dinheiro é a chave contra o crime

Por que seguir o dinheiro é a chave contra o crime

09/09/2025 Ivon Rosa

O crime organizado no Brasil percorreu uma trajetória que espelha sua capacidade de adaptação.

Se antes essas organizações se limitavam ao tráfico de drogas, contrabando ou extorsão, hoje estruturam redes complexas que se infiltram na economia formal, movimentando bilhões por meio de empresas de fachada, operações financeiras e até fundos de investimento.

A megaoperação “Carbono Oculto”, que revelou 40 fundos ligados ao PCC e um patrimônio de R$ 30 bilhões, expõe com clareza essa nova realidade. Esse avanço exige do Estado muito mais do que repressão às atividades criminosas na ponta.

Buscando lavar o dinheiro oriundo de aquisições de ilícitos como drogas e contrabandos, o modus operandi das facções mudou ao longo do tempo.

A operação do PCC explicitou essa evolução para meios mais sofisticados, mudando de face: saiu do tráfico de drogas e chegou à venda de materiais lícitos, como combustível, envolvendo fintechs, até então não submetidas às regras do Banco Central, as quais os bancos tradicionais já são sujeitos. 

Dentro disso, reforça-se o princípio do follow the money. Seguir o dinheiro tornou-se central para atingir o coração financeiro das facções, desestruturando sua base de sustentação econômica.

É exatamente nesse ponto que as tecnologias de inteligência investigativa cumprem papel fundamental. O Módulo Financeiro e Fiscal do Guardião, desenvolvido pela Dígitro Tecnologia, é um exemplo.

Ele utiliza inteligência artificial para analisar Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) produzidos pelo Coaf, transformando dados brutos em informações qualificadas.

Essa capacidade permite integrar evidências bancárias, fiscais e contábeis, rastreando ativos e revelando conexões invisíveis a olho nu.

Com o uso de inteligência artificial dedicada, é possível facilitar aos agentes de segurança pública a análise de dados complexos, sem a necessidade de conhecer profundamente as manobras fiscais e seus mecanismos, pois o sistema conta com detecção de padrões que recolhem essas informações.

Ao ampliar o alcance do Guardião, a tecnologia cria um ecossistema integrado de investigação que combina dados multimídia de diversas fontes, como por exemplo, chamadas telefônicas e dados de assinantes, fontes de notícias, mídias sociais e fontes de afastamento de sigilo.

O crime organizado se sofisticou, mas a pergunta que fica é: quem será mais inteligente? Quando o Estado investe em ferramentas capazes de superar a criatividade ilícita com ciência de dados, inteligência artificial e integração sistêmica, o crime perde terreno. A tecnologia mostra que sempre haverá uma forma legítima de estar um passo à frente.

* Ivon Rosa é diretor de Relações com o Mercado da Dígitro Tecnologia.

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Fonte: Izycom Comunicação



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