Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Quando a mentira vira transtorno

Quando a mentira vira transtorno

01/04/2024 Andréa Ladislau

Chega o dia primeiro de Abril e com ele as velhas brincadeiras e piadas sobre a mentira. Quem nunca contou uma mentirinha?

Mentiras podem ser contadas para esconder ou evitar dores, mágoas ou constrangimentos sociais.

Porém, a mania de mentir pode ser muito mais grave do que parece. Quando ela se torna uma prática frequente, duradoura e incontrolável, passa a ser classificada como Mitomania.

Um transtorno caracterizado pela compulsão de mentir, em que o indivíduo, inconscientemente, mente com grande frequência, pois existe um prazer enraizado na criação de suas próprias histórias.

É comum ter um amigo, parente ou conhecido que sempre inventa uma mentira, uma viagem que não fez ou uma história que nunca aconteceu. E qual seria a razão para esse tipo de comportamento?

Existem dois possíveis motivos para que alguém recorra às mentiras, um deles é o medo. Na grande maioria das vezes, o indivíduo mente porque tem medo de enfrentar a sua própria realidade, ou medo de perder alguém, perder afeto ou reconhecimento. Uma outra razão possível é a ambição.

A causa da Mitomania está relacionada a transtornos de personalidade, doenças neurológicas ou psiquiátricas, mas nem sempre está ligado a alguma doença.

E o que vai diferenciar este transtorno de uma simples mentira, é a intensidade e a frequência. Quando mais se mente, mas sente a necessidade de mentir.

Fazendo elos entre as histórias inventadas. Como consequência, temos as complicações nos relacionamentos pessoais e profissionais.

Além disso, quando são descobertas as mentiras é comum que o afastamento do mitomaníaco ocorra por pessoas próximas, fazendo com que este sinta-se rejeitado, agravando ainda mais seu quadro psíquico.  

O transtorno pode ser tratado, mas os métodos utilizados no tratamento, dependem da gravidade do quadro do paciente.

Antes de se controlar a mitomania, o indivíduo deve passar por uma investigação terapêutica que irá identificar as doenças psiquiátricas que possam estar associadas a este transtorno.

Motivo pelo qual, a terapia é fundamental para tratar a mitomania. Em alguns casos onde os níveis estão elevados, também é indicado o uso de intervenção medicamentosa.

Os antidepressivos entram com a função de reforçar a confiança e autoestima desse indivíduo, bloqueando a necessidade de aceitação e eliminando as angústias oriundas pelo sentimento de rejeição.

Portanto, a incapacidade de enfrentamento da realidade, desencadeia neste ser humano sentimentos de negação, contribuindo para que a mentira seja uma muleta em sua vida, construída a partir das fantasias criadas.

A medida que percebem os “falsos ganhos” com este comportamento, passam a alimentar suas mentiras compulsivamente. Seu maior objetivo é levar a atenção do outro para longe da realidade em que vivem.

Por isso, dizemos que o mitomaníaco acredita em sua própria mentira. Quem sofre com a mentira patológica, apresenta transtornos de personalidade narcisista e anti-social.

Quando tratadas prematuramente, essas características, notadas a partir de observações criteriosas, diminuem o risco de evolução da doença.

* Andrea Ladislau é Psicanalista, graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea.

Para mais informações sobre mentira clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Lilian Christine



A desconstrução do mundo

Quando saí do Brasil para morar no exterior, eu sabia que muita coisa iria mudar: mais uma língua, outros costumes, novas paisagens.

Autor: João Filipe da Mata


Por nova (e justa) distribuição tributária

Do bolo dos impostos arrecadados no País, 68% vão para a União, 24% para os Estados e apenas 18% para os municípios.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


Um debate desastroso e a dúvida Biden

Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro deste ano, realizou-se, na última semana, o primeiro debate entre os pleiteantes de 2024 à Casa Branca: Donald Trump e Joe Biden.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray


Aquiles e seu calcanhar

O mito do herói grego Aquiles adentrou nosso imaginário e nossa nomenclatura médica: o tendão que se insere em nosso calcanhar foi chamado de tendão de Aquiles em homenagem a esse herói.

Autor: Marco Antonio Spinelli


Falta aos brasileiros a sede de verdade

Sigmund Freud (1856-1939), o famoso psicanalista austríaco, escreveu: “As massas nunca tiveram sede de verdade. Elas querem ilusões e nem sabem viver sem elas”.

Autor: Samuel Hanan


Uma batalha política como a de Caim e Abel

Em meio ao turbilhão global, o caos e a desordem só aumentam, e o Juiz Universal está preparando o lançamento da grande colheita da humanidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


De olho na alta e/ou criação de impostos

Trava-se, no Congresso Nacional, a grande batalha tributária, embutida na reforma que realinhou, deu nova nomenclatura aos impostos e agora busca enquadrar os produtos ao apetite do fisco e do governo.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


O Pronto Atendimento e o desafio do acolhimento na saúde

O trabalho dentro de um hospital é complexo devido a diversas camadas de atendimento que são necessárias para abranger as necessidades de todos os pacientes.

Autor: José Arthur Brasil


Como melhorar a segurança na movimentação de cargas na construção civil?

O setor da construção civil é um dos mais importantes para a economia do país e tem impacto direto na geração de empregos.

Autor: Fernando Fuertes


As restrições eleitorais contra uso da máquina pública

Estamos em contagem regressiva. As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, em todas as cidades do país.

Autor: Wilson Pedroso


Filosofia na calçada

As cidades do interior de Minas, e penso que de outros estados também, nos proporcionam oportunidades de conviver com as pessoas em muitas situações comuns que, no entanto, revelam suas características e personalidades.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Onde começam os juros abusivos?

A imagem do brasileiro se sustenta em valores positivos, mas, infelizmente, também negativos.

Autor: Matheus Bessa