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Traição! Uma Cicatriz que permanece

Traição! Uma Cicatriz que permanece

30/04/2010 Marizete Furbino

"A traição supõe uma covardia e uma depravação detestável." (Barão de Holbach)Esquecer, impossível. Mas perdoar é necessário para que tenhamos um ambiente harmonioso, onde não se abram as “portas” para a raiva, o rancor e a vingança.

Cumpre mencionar que, a pessoa que traiu, antes de qualquer coisa, traiu a si próprio primeiro, antes de trair a outra pessoa, pois, perdeu a noção de enxergar as conseqüências da traição, bem como a perda de um valioso relacionamento, seja no nível pessoal e/ou profissional. Assim, elas se esquecem que suas vidas poderão ser arruinadas por um ato impensado, um ato imaturo e imediatista.

Sabendo que essas pessoas demonstram inicialmente uma grande afetividade pelo outro, em meio a uma couraça que impede de mostrar claramente quem são de fato, é preciso ter demasiado cuidado ao esbarrar na vida com alguém desse tipo.

A infidelidade infelizmente faz parte da rotina de muitos, e lidar com a traição não é uma tarefa fácil, é uma tarefa bem árdua, uma vez que esta desencadeia sentimentos e emoções bem desagradáveis e perniciosos, o que acaba gerando um tremendo mal-estar em todos os envolvidos.

Importante salientar que a deslealdade, quando premeditada, é extremamente doentia, pois a pessoa já entra no relacionamento com a intenção de fazer “estragos” futuros.

Normalmente o que se verifica é que o traidor age muito com o objetivo de “arranhar” e/ou denegrir a imagem do outro; mas é interessante observar é que este acaba denegrindo e/ou arranhando a própria imagem, uma vez que não será mais visto pelos demais em sua volta com os mesmos olhos, pois outros olhares estarão vendo uma pessoa diferente, deformada. Portanto, além de causar “cicatrizes” ao traído, terá sobre sua pele também cicatrizes que não irão sumir e/ou apagar, mesmo com o passar do tempo, visto que, em meio às circunstâncias da vida, as lembranças sempre virão à tona. 

Sabemos que o ato de trair sugere mesquinhez bem como mediocridade e a famosa vulgaridade. Sabemos também que a falta de caráter constitui em um fator sine qua non para que ocorra a traição. Quando pensamos em caráter pensamos em hábitos saudáveis, virtudes, atitudes e comportamentos que todo ser humano deveria possuir; assim, as pessoas não podem permanecer com máscaras o tempo todo, pois um dia elas cairão. Lembramos que pessoas de caráter zelam por seus comportamentos e atitudes, preocupando-se com a conseqüência dos mesmos.

Uma vez percebidos os rastros deixados pela inconseqüente traição, reparar um ato de deslealdade não é uma tarefa fácil, porque as agruras da traição permanecem. Assim, restaurar a confiança em meio a esta turbulência, constitui uma tarefa bastante árdua.

É difícil acreditar, mas temos que conscientizar-nos de que a competência e a ascensão na vida profissional, assim como na vida pessoal, incomodam muita gente. Na maior parte das vezes são essas pessoas do tipo incompetente, de mal com a vida, revoltadas, mal sucedidas, mal amadas e com evidentes frustrações nos campos da batalha profissional e pessoal que anseiam em prejudicar o outro e realizam a traição com tanta facilidade.

É difícil acreditar que certas pessoas possam se transformar em verdadeiros “ratos” desprezíveis, quando da execução de planos diabólicos e mirabolantes, cujo objetivo é o de atormentar, maltratar, humilhar, envergonhar e definhar a carreira profissional e pessoal do outro.

Igualmente é difícil de acreditar que, quando tomado por tais planos perniciosos, o ser humano esquece até que possui família – e o pior – torna-se incapaz de perceber que vivemos em meio à inexorável “lei” da ação e reação, pois quem está com os pés sobre a terra a tudo sujeito está.

Chega a ser desconcertante observar que, aquele que se dedica ao desprezível ato de traição, não perceba que quanto mais se preocupa com a vida do outro, tanto mais a sua própria vida não caminha, ou pelo menos não anda conforme deveria, uma vez que, ao se preocupar e ao realizar planos diabólicos para tentar derrubar o outro, esquece sua própria vida, vivendo assim em função do outro.

É muito triste saber que temos que conviver com certas “ervas daninhas” em nosso dia a dia, mas a boa notícia é que após uma traição, ficamos mais atentos com relação a essas pessoas.

É preciso lembrar que a colaboração, assim como a confiança e a lealdade, são palavras “mágicas” e imprescindíveis ao alcance do sucesso organizacional. Sem colaboração, confiança e lealdade, fica realmente muito difícil a caminhada. Assim, construir uma relação de confiança é preciso.

* Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG - e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br



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