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Uma Capitu pode ser complicada. Duas então…

Uma Capitu pode ser complicada. Duas então…

25/08/2023 Antônio Marcos Ferreira

Existem pessoas que são unanimidade quando se fala em amizade, gentileza, dedicação à família e boa convivência. Por isso mesmo temos sempre muita satisfação em conviver com elas.

Quando penso sobre estas características me vem sempre à mente a figura do meu cunhado, o Marcelo Noce, irmão da minha esposa.

Marcelo foi, na sua juventude, atleta de vôlei e basquete no Minas Tênis Clube, jogando em alto nível as duas modalidades, o que é também uma qualidade difícil de se encontrar.

Cursou medicina na UFMG, sendo clínico geral e hematologista. No início de carreira trabalhou também como médico do Atlético Mineiro, tendo oportunidade de viajar por muitos países acompanhado o Galo nos tempos do Cerezzo e Reinaldo.

Depois começou a jogar tênis, esporte que pratica até hoje. Jogamos semanalmente duplas no Minas. Na época em que completou setenta anos (hoje tem setenta e três) fiquei pensando em como presenteá-lo sem cair na mesmice das camisetas, bermudas, shorts e correlatos.

Decidi então escrever um poema em forma de cordel, falando sobre sua vida, sua família, seu jeito de ser. Faria um quadro e o daria de presente.

Assim comecei a escrever, escolhendo as melhores histórias e as rimas mais adequadas, para homenageá-lo como merecia. Falei das habilidades esportivas e das relações carinhosas com filhos e netos. E logicamente começando com a sua esposa.

Ao preparar o cordel, que exige métrica e rimas bem determinadas, busquei uma palavra para rimar com Lu, apelido sua filha Luciana e com o do seu filho Dudu.

Assim, falei da sua esposa Iane como sua eterna Capitu, personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. As rimas estavam prontas, mas verifiquei um problema naquela escolha.

É que, embora amasse bastante o Bentinho, seu marido no citado romance, há uma discussão sobre o comportamento da Capitu, com insinuações e mesmo afirmativas de que ela o traia.

Fiquei então preocupado de como isso seria recebido, principalmente pela Iane, sua esposa. Embora essa característica definitivamente não se aplicasse a ela, não queria causar qualquer constrangimento.

Mas antes do seu aniversário, foi realizado um almoço no seu apartamento, com todos os seus irmãos e respectivos cônjuges.

Esta é uma prática que se repete mensalmente no primeiro sábado do mês e é uma ótima oportunidade de reforçar os laços familiares.

Encontros sempre muito alegres, onde cada família leva uma comida, cada um leva sua bebida e, principalmente, sua alegria para compartilhar. E assim fomos para o almoço.

Depois de algum tempo de encontro, chegou o Léo, filho caçula do Marcelo e Iane. Trazia consigo uma cachorra muito bonita e que começou a brincar com os presentes, desconhecidos dela.

Nesse momento o Leo chamou sua atenção, gritando: - “Capitu, chega! Vá pro seu canto agora.” Quando ouvi aquele nome, comecei a sorrir sozinho.

A partir daquele momento, a rima do meu cordel foi definitivamente alterada. Agora com toda a convicção. Somente quando entreguei o seu presente de aniversário contei a ele sobre a nova rima e o motivo da alteração.

Rimos bastante e continuamos a festejar. E viva a alegria!

* Antônio Marcos Ferreira

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