Grupo WhatsApp

Valorizar a produção nacional é uma urgência para o Brasil

Valorizar a produção nacional é uma urgência para o Brasil

05/08/2025 J.A. Puppio

Nos últimos anos, assistimos a um movimento preocupante que ameaça a competitividade e a sobrevivência da indústria nacional: a saída de grandes fabricantes estrangeiros do Brasil, atraídos por incentivos do governo americano e de países europeus.

Essas empresas multinacionais encerraram suas operações ou transferiram suas fábricas para seus países de origem, após receberem garantias de que teriam, em seus mercados locais, vendas equivalentes às que realizavam no Brasil, além da liberdade para exportar.

Enquanto isso, indústrias nacionais que permaneceram no país, cumprindo rigorosamente todas as exigências internacionais de qualidade, tanto as normas americanas quanto as europeias, enfrentam enormes barreiras para vender para grandes companhias estatais.

Os produtos que fabricamos e vendemos por cerca de R$ 400 chegam ao mercado brasileiro, quando importados por fornecedores estrangeiros, a até R$ 2.000. Mesmo considerando todos os custos adicionais, como impostos e frete, a diferença de preço é muito significativa.

Mesmo assim, grandes companhias nacionais e estatais simplesmente deixaram de comprar de nós, fabricantes brasileiros, optando por importados que custam até cinco vezes mais, sem justificativa técnica plausível.

Muitas dessas decisões de compra passaram a ser centralizadas em diretorias e, em alguns casos, parecem atender a interesses que vão além de critérios técnicos e econômicos.

É legítimo questionar: a quem interessa pagar mais caro, com recursos públicos, por produtos que podem ser fabricados localmente com igual qualidade e muito mais eficiência no Brasil?

É hora de o Brasil acordar suas políticas de compras e de incentivo à indústria nacional. Valorizar a produção nacional não é protecionismo.

É uma estratégia econômica e social que garante empregos, arrecadação de impostos e preserva a engenharia e o know-how que o Brasil levou décadas para desenvolver. Cada produto produzido aqui significa renda para famílias brasileiras e desenvolvimento para nossa indústria.

É urgente que o governo brasileiro, especialmente por meio de suas estatais e políticas de compras públicas, estabeleça critérios claros que priorizem fornecedores nacionais com certificações internacionais, garantindo condições competitivas e transparentes.

Só assim conseguiremos evitar que empregos continuem sendo exportados e que o Brasil se torne refém de importações a preços abusivos, enquanto nossa indústria, mesmo qualificada, luta para sobreviver. Precisamos do nosso patriotismo.

* J.A.Puppio é engenheiro, empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.

Para mais informações sobre indústria clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Todos os nossos textos são publicados também no Facebook e no X (antigo Twitter)

Quem somos

Fonte: Vervi Assessoria



Para onde caminha a humanidade?

O pragmatismo está ampliando a confrontação econômica. Novas formas de produzir e comercializar vão surgindo com mais rigidez e agilidade.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Reforma Tributária: mudança histórica ou novo capítulo do caos fiscal

A Reforma Tributária entra na fase prática em 2026 com a criação do IBS e da CBS, que passam a incidir com alíquotas reduzidas.

Autor: Eduardo Berbigier


Austeridade fiscal, caminho obrigatório para ordem e progresso

Quando se aproximam as eleições, o brasileiro se pergunta se é possível ter um país melhor em condições de vida para todos os cidadãos. É o que se deseja.

Autor: Samuel Hanan


Impeachment não é monopólio

A decisão de Gilmar Mendes e o estrangulamento institucional.

Autor: Marcelo Aith


Nova lei da prisão preventiva: entre a eficiência processual e a garantia individual

A sanção da Lei 15.272, em 26 de novembro de 2025, representa um marco na evolução do processo penal brasileiro e inaugura uma fase de pragmatismo legislativo na gestão da segregação cautelar.

Autor: Eduardo Maurício


COP 30… Enquanto isso, nas ruas do mundo…

Enquanto chefes de Estado, autoridades, cientistas, organismos multilaterais e ambientalistas globais reuniam-se em Belém do Pará na COP 30, discutindo metas e compromissos climáticos, uma atividade árdua, silenciosa e invisível para muitos seguia seu curso nas ruas, becos e avenidas do Brasil e do mundo.

Autor: Paula Vasone


Reforma administrativa e os impactos na vida do servidor público

A Proposta de Emenda à Constituição da reforma administrativa, elaborada por um grupo de trabalho da Câmara dos Deputados (PEC 38/25) além de ampla, é bastante complexa.

Autor: Daniella Salomão


A língua não pode ser barreira de comunicação entre o Estado e os cidadãos

Rui Barbosa era conhecido pelo uso erudito da língua culta, no falar e no escrever (certamente, um dos maiores conhecedores da língua portuguesa no Brasil).

Autor: Leonardo Campos de Melo


Você tem um Chip?

Durante muito tempo frequentei o PIC da Pampulha, clube muito bom e onde tinha uma ótima turma de colegas, jogadores de tênis, normalmente praticado aos sábados e domingos, mas também em dois dias da semana.

Autor: Antônio Marcos Ferreira


Dia da Advocacia Criminal: defesa, coragem e ética

Dia 2 de dezembro é celebrado o Dia da Advocacia Criminal, uma data emblemática que, graças à união e à força da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), integra o calendário oficial das unidades federativas do país.

Autor: Sheyner Yàsbeck Asfóra


STF não tem interesse – nem legitimidade – em descriminalizar aborto

A temática relativa ao aborto e as possibilidades de ampliação do lapso temporal para a aplicação da exclusão de ilicitude da prática efervesceram o cenário político brasileiro no último mês.

Autor: Lia Noleto de Queiroz


O imposto do crime: reflexões liberais sobre a tributação paralela nas favelas brasileiras

Em muitas comunidades brasileiras, especialmente nas grandes cidades, traficantes e milicianos impõem o que chamam de “impostos” – cobranças sobre comerciantes, moradores e até serviços públicos, como transporte alternativo e distribuição de gás.

Autor: Isaías Fonseca