Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Vocação: viver segundo o estilo de Deus

Vocação: viver segundo o estilo de Deus

13/08/2021 Thulio Fonseca

Quando o assunto é vocação, comumente nossos pensamentos associam este tema à vida religiosa ou ao sacerdócio.

Temos a tendência de imaginar que a realização de um chamado vocacional se dá quando alguém abraça uma missão em terras longínquas, e que viverá uma vida extraordinária, fora do alcance dos que vivem suas rotinas de trabalho, casa, e tantas outras atividades que fazem parte da vida da maioria das pessoas.

Mas um convite recente do Papa Francisco, sobre viver o estilo de Deus em nosso dia a dia, diz muito sobre o que de fato é abraçar uma vocação que, ao contrário dos estereótipos ligados a esse assunto, acontece no cotidiano, principalmente quando nos encontramos com outras pessoas.

Segundo o ensinamento de Francisco, “três palavras indicam este estilo de Deus: proximidade, compaixão e ternura, realidades muito simples que podemos aplicar em tudo o que fazemos.”

E certamente viver desse modo, que indica o Papa, nos leva àquilo que de fato é uma vocação: a verdadeira realização.

Somos chamados, antes de tudo, a nos aproximarmos do desígnio de Deus para nós, e como consequência somos enviados às pessoas a quem se destina a nossa vocação, seja ela no âmbito familiar, profissional, religioso ou social.

A palavra proximidade nos conduz ao “Estilo de Deus” quando nos dispomos a ir ao encontro das pessoas, a doar a nossa vida pela missão que nos impele.

Para alguns isso se realiza em sua própria profissão, para outros no exercício da maternidade e paternidade, bem como na vida missionária e nos trabalhos pastorais.

E isso se dá de maneira natural, pois o exercício da vocação é uma resposta gratuita ao dom que recebemos.

A segunda palavra é compaixão, que se demonstra nas atitudes, olhares e sobretudo no modo como reagimos aos inúmeros perpasses que a vida nos apresenta.

Viver uma vocação sem compaixão seria impossível, pois através desse nobre ato, nos tornamos canais do Amor de Deus que, como nos aponta o Papa Francisco, “é sempre generoso, gratuito e enche toda a nossa vida de alegria”. É na compaixão que todo chamado vocacional se torna autêntico, desinteressado e repleto de sentido.

Uma vocação que é vivida segundo o estilo de Deus, precisa ser marcada também pela ternura, atitude que tem feito a diferença no mundo atual, que muitas vezes nos apresenta um caminho oposto.

A falta de relações afetuosas, relacionamentos marcados pela desatenção, superficialidade e julgamentos, levam as pessoas a se fecharem em seus espaços físicos e digitais.

Mas a ternura nos impele a uma transformação, pautada nas recentes palavras de Francisco: “viver este ato revolucionário nos torna mais sensíveis diante da obscuridade da vida e das tragédias da humanidade”.

Uma vocação vivida com ternura é certamente uma resposta concreta às atitudes que o próprio Jesus deixou como ensinamento: devemos ser portadores de esperança a tantos que passam por nós.

Podemos concluir que, para viver uma vocação, não precisamos realizar coisas grandiosas, pois com o “Estilo de Deus”, seremos impulsionados a viver o extraordinário na simplicidade dos nossos atos, pois “a vocação cristã é isso: permanecer no amor de Deus, respirar, viver desse oxigênio, viver desse ar”, reforça o Papa Francisco.

Que neste mês dedicado às vocações, você possa, assumir esse modo de viver e realizar a Vontade de Deus em tudo que faz, com proximidade, compaixão e ternura!

* Thulio Fonseca é ex-aluno salesiano e missionário da Comunidade Canção Nova, atualmente na Frente de Missão em Roma – Itália.

Para mais informações sobre vocação clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Assessoria de Imprensa Canção Nova



O mal-estar da favelização

Ao olharmos a linha histórica das favelas no Brasil, uma série de fatores raciais, econômicos e sociais deve ser analisada.

Autor: Marcelo Barbosa


Teatro de Fantoches

E se alguém te dissesse que tudo aquilo em que você acredita não passa de uma mentira que te gravaram na cabeça? E que o método de gravação é a criação permanente de imagens e de histórias fantásticas?

Autor: Marco Antonio Spinelli


Esquerda ou direita?

O ano de 2020 passou, mas deixou fortes marcas no viver dos seres humanos.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


O investimento público brasileiro e a estruturação social inclusiva

O investimento público desempenha um papel crucial no desenvolvimento de uma nação.

Autor: André Naves


Eleições 2024: o que vem pela frente

Em outubro de 2024, os brasileiros retornarão às urnas, desta vez para eleger prefeito, vice-prefeito e vereadores de seus municípios.

Autor: Wilson Pedroso


Seja um líder que sabe escutar

Uma questão que vejo em muitas empresas e que os líderes não se atentam é sobre a importância de saber escutar seus colaboradores.

Autor: Leonardo Chucrute


Refugiados, ontem e hoje

A palavra “refugiados” vem da palavra fugir.

Autor: Solly Andy Segenreich


A solidão do outro lado do mundo

Quem já morou no exterior sabe que a vida lá fora tem seus desafios.

Autor: João Filipe da Mata


Um lamento pelo empobrecimento da ética política

Os recentes embates, físicos e verbais, entre parlamentares nas dependências da Câmara Federal nos mostram muito sobre o que a política não deve ser.

Autor: Wilson Pedroso


Governar com economia e sem aumentar impostos

Depois de alguns tiros no pé, como as duas Medidas Provisórias que o presidente editou com o objetivo de revogar ou inviabilizar leis aprovadas pelo Congresso Nacional - que foram devolvidas sem tramitação - o governo admite promover o enxugamento de gastos.

Autor: Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves


A poderosa natureza

O dinheiro é um vírus que corrompe tudo e quando a pessoa se “infecta”, dificilmente se livra.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


A maior eleição do mundo e o nacionalismo hindu

O ano de 2024 está sendo considerado o superano das eleições pelo mundo. Ao todo, mais de 50 países terão pleitos variados, dentre os quais o Brasil e os Estados Unidos.

Autor: João Alfredo Lopes Nyegray