A Geração Alpha, composta por jovens nascidos a partir de 2010, está ingressando no mercado de trabalho e provocando mudanças significativas nas empresas. Crescidos em meio a assistentes virtuais e inteligência artificial, esses novos profissionais buscam um ambiente corporativo com mais propósito, diversidade e foco em bem-estar emocional.

Uma pesquisa recente da Companhia de Estágios e Opinion Box revela que 80% dos jovens da Geração Alpha demonstram interesse em empreender. O número é superior ao observado em gerações anteriores. Outro levantamento do Datafolha, de junho de 2025, mostrou que 68% do grupo prefere ser autônomo a ter um emprego formal.

Kássia Sales, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Ceará (ABRH-CE), destaca a necessidade de as empresas se prepararem para identificar esse novo perfil. “As organizações precisam preparar gestores capazes de aliar inovação e acolhimento”, afirma.

Segundo ela, diferente da Geração Z, que vivenciou a transição do mundo analógico para o digital, a Geração Alpha já nasceu conectada. Essa familiaridade com a tecnologia faz com que eles esperem ambientes de trabalho mais colaborativos e lideranças mais abertas ao diálogo e menos hierárquicas.

Entre os pontos fortes da Geração Alpha estão o pensamento crítico, a inteligência emocional e a capacidade de resolver problemas complexos em grupo. Por outro lado, a presidente da ABRH-CE alerta para o risco de ansiedade e dificuldade de lidar com ambientes corporativos muito engessados.

Kássia reforça que as empresas precisam revisar políticas de recrutamento, fortalecer programas de desenvolvimento de lideranças e criar uma cultura que valorize a saúde mental e a escuta ativa. Ela ressalta que flexibilidade, diversidade e propósito já são diferenciais para as próximas gerações.

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