Grupo WhatsApp

Como lidar com os passivos trabalhistas?

Como lidar com os passivos trabalhistas?

17/11/2023 Nayara Felix

Manter uma empresa de pé é um desafio diário que exige superar, ao mesmo tempo, vários obstáculos que parecem ser intransponíveis.

Arcar com os custos do produto ou serviço, superar a concorrência muitas vezes desleal, assumir as altas cargas tributárias que incidem sobre a atividade, conquistar clientes, criar estratégias de valorização da marca e manter uma sólida gestão de pessoas são apenas algumas dessas ações.

Diante de tantas lutas, há empreendedores que não veem outra saída senão postergar algumas dívidas trabalhistas pelo preço da própria sobrevivência.

Essas dívidas atendem melhor pelo nome de passivos trabalhistas, e podem representar uma dor de cabeça bastante considerável para a saúde financeira e para a imagem da companhia.

O primeiro passo para sanar esses problemas é compreender o que são essas dívidas, e compreender também o tamanho do estrago que elas são capazes de provocar nas contas.

O segundo é cercar-se de profissionais altamente capacitados e com experiência para reverter o jogo. É possível, mas é preciso ir por partes.

Manter um empregado tem diversos custos que vão além do salário. Os encargos sociais também têm preço, e este é bastante elevado: depósito de FGTS e de INSS, multa rescisória, fração do 13º salário e das férias, entre outros.

Esses cálculos só fazem sentido na cabeça do empreendedor, de modo que mal entram no rol de preocupações dos empregados.

Essas despesas se convertem em passivo quando a empresa deixa de cumprir com algumas dessas obrigações e podem se majorar com a aplicação de multas pelo não pagamento correto.

Se este é o seu caso, saiba que este cenário é mais comum do que talvez você imagine. O Relatório Geral da Justiça do Trabalho 2022 aponta que, dos mais de 3,16 milhões de processos recebidos nas varas trabalhistas ao longo do ano passado, a maior parte se concentrou em três atividades econômicas: serviços diversos, com 23% dos casos novos; indústria (21%) e comércio (13%).

A maior parte das ações referiu-se à multa de 40% do FGTS, às horas extras, ao descumprimento do pagamento das verbas rescisórias, do aviso prévio e do adicional de insalubridade.

No entanto, na prática é possível dizer que também são comuns os casos de deficiência no controle de ponto e acúmulos de função.

Em valores, diz o documento, os reclamantes receberam quase R$ 39 bilhões. Deste total, 48% foram provenientes de acordo entre as partes, 39% de execução judicial e 13% de pagamento espontâneo, ou seja, de iniciativa da própria empresa devedora.

Este cenário, é claro, não resolve os problemas dos passivos trabalhistas nas empresas brasileiras, até porque muitos processos ainda estão em curso. Mas serve de alerta para o tamanho do iceberg que esconde o sofrimento financeiro das contratantes.

Além disso, o não cumprimento das obrigações legais na esfera do trabalhista é objeto de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, que pode gerar multas e sanções administrativas.

A otimização da folha é apenas parte de um processo que exige uma rigorosa consultoria jurídica. Parte dos passivos pode ser renegociado, tornando o impacto sobre o orçamento menos doloroso.

Além disso, estabelecer um estreitamento com os credores é um caminho que auxilia na condução de resoluções que, a bem da verdade, interessam às duas partes.

Portanto, abrir a mesa de negociações pode não ser simples ou desejado pelos envolvidos, mas é parte crucial da solução. Melhor ainda com uma assessoria respeitável por trás.

O que não se pode, definitivamente, é permitir que esse tipo de ação se desenrole facilmente pelas esferas trabalhistas.

É notória a percepção de que o poder de negociação da empresa diminui à medida em que ela empurra o problema para além do tempo tolerado por seus credores.

O passivo trabalhista não pode ser um recurso relativizado pela empresa, mas um problema que carece de solução rápida.

Isso reforça a relevância de ter um escritório de advocacia altamente especializado nesse tipo de situação. A vontade, aliada à boa-fé, são requisitos que fazem bem às negociações, inclusive para o devedor.

* Nayara Felix é advogada do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócio.

Para mais informações sobre passivos trabalhistas clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Entre para o nosso grupo de notícias no WhatsApp

Fonte: Naves Coelho Comunicação



Implicações dos prazos judiciais no novo Código Civil

O regime de prazos judiciais é, indubitavelmente, um dos pilares centrais da dinâmica processual estabelecida pelo Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/2015).

Autor: Ellen Ketlin Machado Rocha


Isenção do IRPF: quais os benefícios e impactos?

A aprovação unânime do Projeto de Lei (PL) 1.087/2025 representa um marco histórico na política tributária brasileira.

Autor: Divulgação


Quando a estética vira dor

Entrar numa cirurgia plástica costuma ser movido por desejo de transformação. Seja corrigir um traço, recuperar a autoestima, reinventar o espelho ou até mesmo por uma condição de necessidade.

Autor: Thayan Fernando Ferreira


Trabalho temporário: direitos, limites e vantagens

Com a chegada do final do ano, época de festas, férias escolares e aumento no consumo, cresce a procura pelas empresas e lojas por trabalhadores temporários em diversos setores, como comércio, turismo, restaurantes e indústrias.

Autor: Giovanna Tawada


Fake News x Liberdade de Expressão: até onde vai o limite?

O avanço das redes sociais trouxe um dilema que desafia democracias no mundo inteiro: como equilibrar o direito fundamental à liberdade de expressão com a necessidade de combater a desinformação?

Autor: Divulgação


Banco deve indenizar cliente por furtos em conta

Criminosos levaram telefone e transferiram valores por meio de aplicativo bancário.

Autor: Divulgação


Município deve indenizar empresa por queda de árvore em imóvel

TJMG confirmou decisão da 3ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte.

Autor: Divulgação


Erro de homônimo leva INSS a cancelar benefício de idoso

Casos de cancelamento indevido de benefícios previdenciários têm se multiplicado no Brasil.

Autor: Divulgação


Projeto-piloto de Secretaria unificada das Varas das Garantias em BH

A Corregedoria-Geral de Justiça de Minas Gerais (CGJ) publicou, no dia 3/09, a Portaria nº 8.547/CGJ/2025, que cria o projeto-piloto "Secretaria Unificada do Juiz das Garantias e Audiência de Custódia", na Comarca de Belo Horizonte.

Autor: Divulgação


Revisão de atividades concomitantes ainda gera erros no INSS

A revisão pode representar aumento no valor da renda mensal e até o recebimento de retroativos referentes aos últimos cinco anos.

Autor: Divulgação


STJ e a garantia tratamento contínuo de autismo nos planos de saúde

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu um passo relevante na proteção dos pacientes ao firmar o entendimento de que operadoras de planos de saúde não podem rescindir unilateralmente o contrato enquanto o beneficiário estiver em tratamento médico essencial.

Autor: José Santana dos Santos Junior


Estelionato sentimental

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou recentemente o Projeto de Lei nº 69/2025, que tipifica o chamado “estelionato sentimental” como crime específico.

Autor: Divulgação