Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Entre a pandemia e o desemprego

Entre a pandemia e o desemprego

29/03/2020 Bady Curi Neto

A crise de saúde mundial provocada pelo novo coronavírus, agora assentada no Brasil, com um quadro de evolução severo, tem trazido pânico desmedido a toda população.

De acordo com os relatos de médicos especialistas e a experiência de outros países não tenho dúvida que a evolução e a letalidade do vírus são preocupantes.

Devemos, por evidente, preocupar e seguir as medidas de segurança e higiene pessoal para não nos contaminarmos e contribuir na disseminação do vírus, mas, o medo em demasia, em nada ajuda na prevenção, trazendo apenas uma espécie de “paranoia”, não tendo nenhum efeito preventivo contra o Covid-19.

Infelizmente no Brasil, a discussão sobre as medidas adequadas para prevenção da imediata disseminação virótica, no intuito de diminuir a curva de contaminação, e não levar a colapso a rede de atendimento hospitalar tomou ares de debates políticos acalorados, tanto pela população, como pelos próprios representantes do povo, estes querendo uma autopromoção, utilizando-se do pânico e da pandemia.

O Presidente da República tem sido alvo de ataques por todos os lados, notadamente por determinados órgãos da imprensa e políticos que necessitam de um trampolim com olhos voltados paras eleições de 2022.

Na função de representante maior da Nação, sua preocupação atual está entre medidas restritivas das pessoas naturais e jurídicas (quarentena e fechamento de várias atividades empresariais) e o desdobramento que isso pode gerar, como por exemplos, o colapso da economia, gerando desemprego, fome e via de consequência, aumento da violência.

O ponto de equilíbrio dessa balança que é de difícil acerto e precisão. A dificuldade está em dosar o remédio, evitando que os efeitos colaterais levem o paciente a óbito, no caso a economia do país. 

A situação realmente é preocupante, o aumento do desemprego com consequente aumento da violência pode tornar o quadro pior, em longo prazo, mais até do que as consequências do novo coronavírus.

Apenas para um exercício de reflexão, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, do dia 24 de março, a epidemia provocou no mundo mais de 18.000 mortes, um número assustador.

Porém, a título de comparação em mortandade, o “vírus” da violência no Brasil, no ano de 2017 (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), provocou 63.880 mortes violentas, sendo 175 assassinatos por dia.

Vale dizer, que é mais fácil uma pessoa morrer assassinada no Brasil do que em consequência do novo coronavírus. Por simples conta aritmética deveríamos ter mais medo da violência do que da contaminação do Covid-19.

A diferença é que estamos acostumados coma aquela violência corriqueira em nossas vidas e a pandemia é nova, mobilizando e sendo notícia no mundo inteiro.

O aumento da violência em 5% causado pelo desemprego em massa, poderia representar mais letalidade do que a causada pela crise virótica.

Não estou aqui para defender a liberação geral, a não preocupação com a pandemia e as medidas preventivas contra sua disseminação, apenas fazendo um balanço de nossa realidade.

O que será pior para o país, o risco do vírus Covid-19 ou o aumento do vírus da violência em razão da crise econômica provocada pela paralisação das atividades empresariais?

* Bady Curi Neto é advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e professor universitário.

Fonte: Naves Coelho Comunicação



Hiperjudicialização da saúde no Brasil: gargalos e soluções

A hiperjudicialização da saúde no Brasil é um fenômeno crescente que tem gerado preocupações significativas no sistema Judiciário.

Autor: Natália Soriani


Obra analisa direitos familiares sob o viés da afetividade

Com o intuito de aprofundar os aspectos constitutivos da afetividade familiar, o doutor em Direito Caio Morau assina livro em que analisa modelos de uniões cujo reconhecimento é reivindicado por setores da sociedade, como as poligâmicas, concubinárias e incestuosas.

Autor: Divulgação


Terrenos de marinha são diferentes de praia

A Proposta de Emenda à Constituição dos terrenos de marinha (PEC 3/2022), a chamada PEC das Praias, tem fomentado debates.

Autor: Fabricio Posocco


O que você precisa saber sobre pensão alimentícia

A pensão alimentícia é um direito fundamental garantido pela legislação brasileira, assegurando que dependentes, especialmente filhos menores, recebam o suporte financeiro necessário para seu sustento, educação e bem-estar.

Autor: Divulgação


A inadequação da mediação obrigatória pré-judicial

Nos últimos anos, a sobrecarga do sistema judiciário brasileiro tem provocado o debate acerca da obrigatoriedade da tentativa de solução extrajudicial de conflitos antes do ajuizamento de ações judiciais, como uma forma de comprovar o interesse de agir.

Autor: Suzana Cremasco


Novas regras de combate ao telemarketing abusivo entram em vigor

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) implementou uma série de novas medidas para combater o telemarketing abusivo, reforçando a proteção dos consumidores brasileiros.

Autor: Divulgação


Licença-maternidade sem carência para as autônomas

Foi uma decisão histórica, e com 25 anos de atraso!

Autor: Nayara Felix


Recorde de queixas contra planos de saúde e a necessidade de mudanças

Nos últimos dez anos, o Brasil testemunha um aumento alarmante nas queixas de consumidores contra planos de saúde.

Autor: Natália Soriani


Conflitos condominiais

Tipos de ações judiciais e maneiras eficientes de resolvê-los.

Autor: Divulgação


Se a doença é rara, o tratamento não pode ser

13 milhões de brasileiros convivem hoje com doenças raras, de acordo com o Ministério da Saúde.

Autor: Thayan Fernando Ferreira


O perigo da pejotização para as startups

Os recentes conflitos envolvendo a Uber e a justiça trabalhista em ações que reivindicam o vínculo de emprego de motoristas junto à empresa ganhou a atenção da sociedade e até do Palácio do Planalto.

Autor: Ricardo Grossi


Uma boa dose de bom senso em favor do trabalhador gaúcho!

O bom senso precisa falar mais alto, de tal maneira que ninguém saia ainda mais prejudicado nesta tragédia.

Autor: Sofia Martins Martorelli