Guarda compartilhada cresce 37,8% em divórcios
Guarda compartilhada cresce 37,8% em divórcios
A guarda compartilhada se tornou a principal recomendação da justiça brasileira, impulsionando a participação paterna e beneficiando o bem-estar infantil.
O número de divórcios no Brasil cresceu 4,9% em 2023, totalizando 440,8 mil dissoluções, de acordo com o IBGE. O aumento no número de separações vem acompanhado de uma mudança nos modelos de guarda dos filhos.
Em 2014, a guarda unilateral materna era a regra, presente em 85% dos divórcios. Em 2022, esse percentual caiu para 50%, enquanto a guarda compartilhada saltou de 7,5% para 37,8%.
Para a advogada Adriana Martins Silva, doutora em Direito de Família, a tendência reflete uma mudança na legislação. "A partir de 2014, a guarda compartilhada passou a ser a regra por recomendação da Justiça, visando sempre o melhor interesse da criança", explica.
Segundo ela, a guarda compartilhada não exige que o filho se divida entre duas casas, mas sim que pai e mãe decidam juntos sobre a vida da criança. "Independentemente de onde a criança mora, os genitores compartilham as responsabilidades", diz.
A psicóloga Alexia Soares Montingelli Lopes afirma que o envolvimento dos pais é crucial para o desenvolvimento emocional dos filhos.
"A guarda compartilhada, quando praticada com corresponsabilidade, favorece um ambiente de cooperação, estabilidade emocional e preserva os vínculos afetivos, reduzindo sentimentos de culpa e rejeição", diz.
Os benefícios se estendem aos adultos. "A divisão de responsabilidades evita a sobrecarga, melhora a comunicação entre os ex-cônjuges e favorece um ambiente mais equilibrado", explica Alexia.
Ela destaca que o modelo também ajuda a coibir a alienação parental, uma forma de violência emocional em que um dos pais influencia o filho a rejeitar o outro.
Apesar de ser o modelo mais comum, há outros tipos de guarda, como a unilateral, onde apenas um dos pais toma as decisões; a alternada, onde a criança vive em períodos alternados com cada um dos genitores; e a nidal, um modelo em que a criança permanece na mesma casa e os pais se revezam.
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Fonte: Mem Comunicação


