Portal O Debate
Grupo WhatsApp

Judiciário não quer discutir sua estrutura

Judiciário não quer discutir sua estrutura

11/02/2022 Marcos da Costa

Poder Judiciário não discute sua estrutura à luz dos princípios da Constituição de 1988.

O Poder Judiciário é, nos países democráticos, a principal coluna de sustentação da paz social. É nele que os cidadãos confiam para resolver os seus conflitos, e sem ele, viveríamos a barbárie da justiça com as próprias mãos. 

No Brasil, o Judiciário é estruturado pela Lei Orgânica da Magistratura, uma lei de 1979, antes, portanto, da Constituição brasileira de 1988, que alterou toda a estrutura jurídica, política e social do país, trazendo as luzes da democracia. 

A nossa Lei Maior, para prestigiar o Judiciário - lembrando que foi promulgada quando saíamos do regime de ditadura militar - reservou ao STF a competência para iniciar a tramitação de projetos de lei sobre estrutura da Justiça. Passados 34 anos, até hoje o Supremo Tribunal não encaminhou nenhum projeto ao Congresso Nacional.

O Judiciário, está claríssimo, não tem interesse em discutir sua estrutura à luz dos princípios da Constituição de 1988, resguardando-se na LOMAN, com pontos como o de 60 dias de férias para juízes.

O Congresso Nacional, por sua vez, afirmando não debater a Justiça porque só o STF poderia começar essa discussão. E diante desse impasse, é a sociedade que fica impedida de discutir, através de seus representantes, o Poder Judiciário.

Enquanto isso, no último ranking mundial da World Justice Project (WJP), organização que reúne estudiosos e ex-autoridades de várias Nações, elaborado em 2021, e que mede combate à corrupção e ao crime, coloca nossa Justiça criminal nas vergonhosas posições 112ª, em relação à eficácia do sistema de investigação; 131ª , quanto a imparcialidade com base em quesitos como status socioeconômico, gênero, etnia, religião, origem nacional, orientação sexual ou identidade de gênero; 133ª, quando ao respeito aos direitos do preso na prevenção de reincidência; e 138ª, de 139 países, quanto ao sistema estar livre de corrupção.

Concordemos ou não com os critérios desse ranking, deve servir como mais um alerta para a necessidade de profunda discussão da estrutura do Judiciário em nosso país.

* Marcos da Costa é advogado e ex-Presidente da OABSP.

Para mais informações sobre Poder Judiciário clique aqui…

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: Comunicação ISD Agência



O Imposto do Pecado: Quem paga a conta?

Este tributo é visto como uma medida potencialmente transformadora que pode impulsionar significativamente a saúde pública e a sustentabilidade ambiental no Brasil.

Autor: Divulgação


Home care, os planos de saúde e os direitos do paciente

O conceito de home care é uma prática que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário da saúde, especialmente no Brasil.

Autor: José Santana Junior


Você contribui a mais com INSS?

Ela está lá, presente no contracheque de qualquer trabalhador com carteira assinada e nas cobranças mensais referentes ao funcionamento do MEI.

Autor: Marcelo Maia


Planejamento patrimonial ou sucessório? Na verdade, os dois!

Preocupar-se com o presente, o agora, é algo inerente a qualquer empresa. Até porque são as decisões deste instante, do hoje, que ajudam a determinar o amanhã.

Autor: Mariella Bins Santana


Aposentado pode permanecer em plano de saúde empresarial

Decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que ex-funcionários aposentados devem assumir a integralidade da mensalidade do plano de saúde, em modalidade de coparticipação.

Autor: Natália Soriani


Desafios e soluções para condomínios com a legalização da maconha

Advogado Dr. Issei Yuki aponta aspectos críticos para a administração condominial.

Autor: Divulgação


Hiperjudicialização da saúde no Brasil: gargalos e soluções

A hiperjudicialização da saúde no Brasil é um fenômeno crescente que tem gerado preocupações significativas no sistema Judiciário.

Autor: Natália Soriani


Obra analisa direitos familiares sob o viés da afetividade

Com o intuito de aprofundar os aspectos constitutivos da afetividade familiar, o doutor em Direito Caio Morau assina livro em que analisa modelos de uniões cujo reconhecimento é reivindicado por setores da sociedade, como as poligâmicas, concubinárias e incestuosas.

Autor: Divulgação


Terrenos de marinha são diferentes de praia

A Proposta de Emenda à Constituição dos terrenos de marinha (PEC 3/2022), a chamada PEC das Praias, tem fomentado debates.

Autor: Fabricio Posocco


O que você precisa saber sobre pensão alimentícia

A pensão alimentícia é um direito fundamental garantido pela legislação brasileira, assegurando que dependentes, especialmente filhos menores, recebam o suporte financeiro necessário para seu sustento, educação e bem-estar.

Autor: Divulgação


A inadequação da mediação obrigatória pré-judicial

Nos últimos anos, a sobrecarga do sistema judiciário brasileiro tem provocado o debate acerca da obrigatoriedade da tentativa de solução extrajudicial de conflitos antes do ajuizamento de ações judiciais, como uma forma de comprovar o interesse de agir.

Autor: Suzana Cremasco


Novas regras de combate ao telemarketing abusivo entram em vigor

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) implementou uma série de novas medidas para combater o telemarketing abusivo, reforçando a proteção dos consumidores brasileiros.

Autor: Divulgação