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Sucessão familiar: desafios e estratégias para uma transição natural

Sucessão familiar: desafios e estratégias para uma transição natural

08/10/2020 Marcus Vinícios de Carvalho Ribeiro

Grande parte dos negócios nascem da idealização e empenho de famílias de empreendedores.

As empresas familiares passam de geração em geração, muitas vezes atravessando séculos e, outras tantas vezes, incapazes de manter o êxito dos antepassados fundadores.

Para a manutenção das operações, com crescimento e constante desenvolvimento, decorre a necessidade de profissionalização da gestão.

Mecanismos de fortalecimento são fundamentais para a transição da cultura empírica para uma postura mais apropriada à realidade do mundo corporativo atual.

Os mecanismos de gestão de governança corporativa e familiar, são as estruturas necessárias para organizar as empresas familiares e famílias empresárias, separando os fóruns de debates de forma adequada ao seu crescimento e à sua profissionalização.

Entende-se por governança corporativa o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. Uma sucessão bem conduzida impacta, certamente, a longevidade das empresas familiares.

Desafios e aspectos legais

O sucesso da sucessão está ligado ao grau de amadurecimento e responsabilidade por parte do sucessor. Grande parte das empresas familiares não sobrevivem às transições de gerações. E a falta de preparos de seus sucessores para tal situação agrava essa constatação.

As escolas e as famílias encontram dificuldades na formação dos jovens para o mundo profissional, criando gerações de sucessores desprovidos de responsabilidades e despreparados para dar seguimento à gestão das empresas.

Tal fenômeno impacta diretamente na sucessão empresarial e, do mesmo modo, no avanço e na continuidade do negócio.

Há vários exemplos de empresas que eram extremamente fortes e competitivas e se tornaram massas falidas por não terem preparado e estruturado a sucessão.

Os advogados e os instrumentos jurídicos também podem apoiar essas famílias em suas peculiaridades e necessidades, cabendo ao jurídico dar a segurança aos anseios da família.

Já que, compreendidos alguns conflitos das empresas familiares, percebe-se que a grande questão está ligada à sucessão.

Eis que a continuidade dos negócios não depende do idealizador, cabendo ao sucessor atender as expectavas a ele imposta e fazer com que os negócios prosperem cada vez mais.

Estratégias que garantem sucesso

Existem três estratégias fundamentais para auxiliar na perenidade de um negócio: manter restritas as participações dos membros da família, ser capaz de renovar as estratégias do negócio e de criar novas lideranças, e saber enfrentar o contexto de mudanças na qual a empresa está inserida.

A sucessão é um fato inegável na vida das famílias e das empresas. Deve-se enxergar essas mudanças como uma das metas mais importantes de uma empresa, eis que não há sucessão empresarial vencedora sem o comprometimento de toda a família empreendedora.

Sendo assim, faz-se necessário a criação de um programa de formação de lideranças dentro das empresas, com a especificidade de criar e delimitar valores à capacitação dos herdeiros e futuros sucessores das sociedades empresárias familiares.

A criação de filhos e filhas, netos e netas, deve estar alinhada à ideia da criação de grandes líderes gestores, aptos na administração não só das empresas, mas também das famílias.

Para tanto, a adoção de mecanismos e ferramentas que garantam a sucessão e distribuição de poder é fundamental para uma transição natural e harmônica.

O êxito da sucessão nas empresas familiares está ligado ao planejamento das organizações e também ao engajamento dos sucessores e sucedidos.

Só haverá sucesso com processos e medidas que garantam a formação das próximas gerações.

As empresas devem se planejar para evitar que a saída do patriarca ou matriarca não seja o princípio do fim, mas apenas uma mudança natural.

* Marcus Vinícios de Carvalho Ribeiro é advogado atuante na área do direito empresarial, do escritório Flávio Pinheiro Neto Advogados.

Fonte: Trevo Comunicação



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