Grupo WhatsApp

Nota conjunta Firjan e FIEMG sobre a crise energética

Nota conjunta Firjan e FIEMG sobre a crise energética

21/09/2021 Divulgação

Federações apresentam suas sugestões para contribuir com o combate à crise energética.

Nota conjunta Firjan e FIEMG sobre a crise energética

Diante da grave crise hídrica que o país atravessa, na qual a previsão do Operador Nacional Sistema é de que os reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste finalizem o mês de setembro com 14,9% de armazenamento, Firjan e FIEMG, em nota conjunta, propõem 14 medidas de combate à crise energética, como forma de manter a retomada econômica e do reaquecimento das atividades industriais. Leia abaixo:

O desafio imposto pela pior crise hídrica dos últimos 91 anos é premente. A previsão do Operador Nacional Sistema é de que os reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste finalizem o mês de setembro com 14,9% de armazenamento. Mesmo com acionamento de todo parque termelétrico, os reservatórios seguem caindo em ritmo alarmante. O Operador Nacional Sistema (ONS) indicou a necessidade de oferta adicional de 5,5 GW médios de energia - equivalente a 7,5% da carga -, para minimizar os riscos de apagão em novembro.

Ressalta-se que a crise hídrica que acomete o país em 2021, apesar de crítica, vem na esteira de uma década de operação hidrelétrica sob estresse, sem que medidas estruturais fossem tomadas para mitigação de riscos. Não fossem as sucessivas crises econômicas, que frearam o desenvolvimento do país, estaríamos diante de um cenário insustentável.

Com a agregação de capacidade insuficiente e sem expectativa de volumes consideráveis de chuvas nos próximos meses, todas as atenções agora voltam-se para o comportamento da demanda que vem se recuperando diante do início da retomada econômica e do reaquecimento das atividades industriais.

Diante desse cenário, o Governo Federal tem estabelecido diversas medidas, visando reduzir o risco de falha de abastecimento até o mês de novembro. Não obstante, ações como a flexibilização de critérios operativos do setor e de operação dos reservatórios estarem na direção correta, é preciso avançar no sentido de garantir o abastecimento de energia no país com racionalidade econômica e isonomia no rateio dos custos.

Nesse sentido, as Federações das Indústrias dos estados do Rio de Janeiro (FIRJAN) e de Minas Gerais (FIEMG) apresentam suas sugestões, para contribuir com o combate à crise energética:

1 - Permitir que o programa de eficiência energética da Aneel possa ser oferecido com recursos a fundo perdido para o setor industrial, à semelhança do que já é feito para programas sociais, para o setor público e para as entidades sem fins lucrativos;

2 - Solicitar à Aneel que flexibilize o indicador coletivo de continuidade - DEC para que as distribuidoras possam programar e realizar desligamentos visando novas conexões em geração distribuída - que contribui para aumento na produção de energia e redução da demanda de geração centralizada;

3 - Viabilizar a utilização da cogeração e da geração local industrial a partir de óleo diesel elaborando programa que agilize a entrada dessas fontes em operação, o mais breve possível;

4 - Melhorar as condições de financiamento das linhas de crédito do BNDES dedicadas a ações de eficiência energética e, em especial, a aquisição de equipamentos para a autoprodução;

5 - Criar produtos dentro do plano de Redução Voluntária da Demanda - RVD - reduzindo o atual patamar de 5 MW para 1 MW, permitindo que mais indústrias possam contribuir com o programa. Flexibilizar o limite de horas para adesão à RVD para 2 a 7 horas diárias. Ademais, permitir que o consumidor possa fazer a confirmação da sua adesão ao programa no dia anterior à efetiva RVD;

6 - Sugerir a substituição da iluminação pública (IP) para LED em locais que ainda não o utilizem, e também a redução de no mínimo 20% do consumo na IP em áreas que não ofereçam risco à segurança pública;

7 - Isentar a cobrança de ICMS sobre o adicional da bandeira escassez hídrica, visto que o acréscimo do imposto decorre de uma situação excepcional oriunda de uma crise energética;

8 - Estimular, à semelhança do governo federal, a redução do consumo de energia nos prédios públicos e em empresas de utilidade pública como as do setor de saneamento;

9 - Ajustar os postos tarifários dos consumidores cativos do Grupo A, de forma que a tarifa de ponta reflita o horário de ponta do sistema elétrico de cada distribuidora;

10 - Impedir que o deslocamento hidráulico causado pelos programas de redução da demanda seja suportado pelos consumidores, via encargo tarifário;

11 - Utilizar recursos do Tesouro Nacional para cobertura dos custos gerados pelos programas de redução da demanda - seja voluntária ou compulsória;

12 - Inibir sobrepreço na oferta de combustíveis para usinas termelétricas;

13 - Assegurar que os índices de indisponibilidade das termelétricas fiquem dentro dos valores de referência utilizados nos cálculos da garantia física das usinas, com a aplicação de penalidades previstas em contrato;

14 - Iniciar as discussões de modernização e repotenciação das usinas hidrelétricas, bem como reavaliar a garantia física dos empreendimentos, visando aumentar a adequabilidade da oferta de energia do sistema interligado nacional.

Por fim, é fundamental que o Governo mantenha uma comunicação transparente e contínua com a sociedade, destacando as medidas tomadas e quais custos serão suportados pelos consumidores. É inaceitável que, mais uma vez, os consumidores e os setores produtivos sejam demasiadamente onerados pela atual crise energética. Assim, é imprescindível que o governo federal encontre mecanismos de redução do impacto financeiro sobre a conta de energia, para não inviabilizar o crescimento econômico do país no médio e longo prazo.

* Flávio Roscoe Nogueira - Presidente da FIEMG
* Luiz Césio de Souza Caetano Alves - Presidente em exercício da FIRJAN

Para mais informações sobre Crise Hídrica clique aqui...

Publique seu texto em nosso site que o Google vai te achar!

Fonte: FIEMG



Diferença entre ser empreendedor e ser empresário

Apesar de serem usados como sinônimos, empreendedor e empresário não são exatamente a mesma coisa.

Autor: Leonardo Chucrute

Diferença entre ser empreendedor e ser empresário

Vendas da Black Friday aquecem o comércio e impulsionam os resultados em Minas Gerais

67,9% do comércio de MG teve vendas iguais ou maiores na Black Friday 2025 vs. 2024. Estratégias e economia impulsionaram o resultado.

Autor: Divulgação

Vendas da Black Friday aquecem o comércio  e impulsionam os resultados em Minas Gerais

Pressão e festas de fim de ano disparam casos de assédio

Cobrança intensa por metas e eventos corporativos elevam risco de assédio moral e sexual. Ações de prevenção são questionadas.

Autor: Divulgação

Pressão e festas de fim de ano disparam casos de assédio

Etiqueta na ‘festa da empresa’ define futuro profissional

Especialistas alertam que confraternizações de fim de ano exigem limites e postura equilibrada para evitar demissões ou prejudicar a imagem na carreira.

Autor: Divulgação

Etiqueta na ‘festa da empresa’ define futuro profissional

Protecionismo global ameaça exportação do Brasil

CNC promove fórum para debater o impacto do “tarifaço” dos EUA e das barreiras comerciais no mundo, afetando a competitividade brasileira.

Autor: Divulgação


Tributação: é melhor importar ou fabricar?

A imprensa informa que diariamente entram nos Estados Unidos um bilhão de dólares de mercadorias importadas da China. Em outras nações também há um expressivo volume de importações.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra


Custos ocultos no quadro de funcionários próprios

Decisão entre terceirização e empregados diretos vai além da folha de pagamento, envolvendo riscos legais, gestão e treinamento da equipe.

Autor: Divulgação

Custos ocultos no quadro de funcionários próprios

Difundir conhecimento é fortalecer a empresa

Difundir conhecimento é, acima de tudo, um exercício de cultura organizacional.

Autor: Wanessa Cunha

Difundir conhecimento é fortalecer a empresa

Casos de assédio sexual crescem 35% no Brasil

Número de ações na Justiça do Trabalho evidencia urgência; especialistas alertam que nem toda cobrança é assédio, mas o tema exige políticas claras.

Autor: Divulgação

Casos de assédio sexual crescem 35% no Brasil

RH e TI: a nova parceria estratégica que está moldando o futuro do trabalho

Nos últimos anos, testemunhou-se uma aceleração tecnológica sem precedentes.

Autor: Juliana Maria


Terceirização vira estratégia para reduzir impostos

A terceirização de serviços, como segurança e limpeza, tem se consolidado como uma importante ferramenta de eficiência fiscal e operacional.

Autor: Divulgação


As consequências da falta de líderes

Poucos seres humanos se dedicam a examinar de que forma estão vivendo.

Autor: Benedicto Ismael Camargo Dutra