A infertilidade feminina e o impacto global
A infertilidade feminina e o impacto global
A infertilidade feminina aumenta drasticamente, afetando a sociedade, a economia e os direitos reprodutivos.

A incapacidade de engravidar após um ano de atividade sexual regular define a infertilidade, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta uma em cada seis pessoas no mundo. Em 2021, cerca de 110 milhões de mulheres enfrentaram dificuldades para engravidar, sendo o grupo entre 35 e 39 anos o mais afetado. O número é surpreendente quando comparado a dados da década de 90, refletindo um aumento de 84% na infertilidade feminina.
As causas são variadas, incluindo obstrução das trompas, distúrbios ovulatórios como síndrome dos ovários policísticos, endometriose, e fatores ambientais, hormonais e genéticos. Mulheres inférteis podem ter risco maior de câncer, e a endometriose está associada a doenças autoimunes e cardiovasculares. A infertilidade masculina também contribui em até 40% dos casos.
O adiamento da maternidade, uma tendência mundial, agrava o problema, pois a fertilidade feminina declina naturalmente a partir dos 35 anos, sem reversão. Obesidade, tabagismo, exposição a disruptores endócrinos, poluição, aquecimento global e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são fatores que comprometem ainda mais a reserva ovariana.
O aumento da infertilidade e as baixas taxas de natalidade globais preocupam entidades como o Fundo Monetário Internacional e o Fórum Económico Mundial. O bem-estar social e econômico depende do crescimento populacional, essencial para sistemas de aposentadorias e saúde. Em vários países, a taxa de fecundidade está abaixo do desejável, o que pode levar a um desastre demográfico. No Brasil, o IBGE revela queda na taxa de fecundidade e aumento de partos em mulheres mais velhas, refletindo o adiamento da maternidade.
As técnicas de reprodução assistida (TRA) oferecem soluções, mas seu alto custo e o impacto da idade feminina nas taxas de sucesso limitam o acesso. Mulheres também enfrentam desafios no mercado de trabalho, com dificuldades para conciliar maternidade e carreira, resultando em burnout e desigualdade salarial. O acesso a benefícios como creches é restrito.
Junho é o mês de conscientização sobre infertilidade. A Federação Internacional de Sociedades de Infertilidade (IFFS) promove a campanha “#MaisAlegria”. É crucial educar a população, empresas e governos sobre as consequências da infertilidade feminina. O direito à saúde reprodutiva é fundamental, e sociedades que priorizam o acesso universal a ela colhem prosperidade e crescimento econômico.
Foto: Divulgação/Freepik
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Fonte: Naves Coelho Comunicação














