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Como deter a escalada da violência?

Como deter a escalada da violência?

28/10/2015 Ivan Dauchas

De acordo com o Mapa da Violência 2015, morrem quase cinco pessoas por hora no Brasil.

E essa violência vem aumentando, ano após ano. Em 1980, o total de mortos por armas de fogo foi de 8.710 pessoas.

Em 2012, esse número subiu para 42.416. Sendo que, nesse mesmo período, a população brasileira cresceu 61%. Esses números são chocantes; como explicá-los? Com certeza, parte do problema tem origem na questão social.

O Brasil sempre foi, desde o período colonial, um país marcado pela pobreza e desigualdade extremas. E toda essa injustiça social é com certeza combustível para violência.

Todavia, desde 1994, tanto PSDB quanto PT contribuíram para incluir os grupos mais vulneráveis da população. Esse movimento foi em grande medida uma reação à ampliação da desigualdade ocorrida durante o período militar.

Desde a implementação do Plano Real, tem havido uma clara redução da desigualdade e da pobreza. Isso nos leva necessariamente a uma indagação: se a situação econômica tem melhorado, por que a violência tem aumentado em vez de diminuir?

Para quem acha que a questão social não é relevante e a solução é simplesmente reprimir, convém notar que, em 2014, policiais civis e militares mataram 3.022 pessoas no Brasil – uma média de oito pessoas por dia. Esse número representa um crescimento de 37% em relação a 2013.

A polícia no Brasil é extremamente letal e cadeia parece que também não é a solução. Com 607.700 presos, o Brasil tem a quarta maior população encarcerada do mundo, atrás somente de China, Estados Unidos e Rússia.

Particularmente, acredito que esse aumento da violência tem a ver com uma combinação explosiva: liberdade sexual e baixos níveis de instrução. Explico melhor. Por volta dos anos 1970 – com um certo atraso –, a revolução sexual chegou finalmente ao Brasil. Isso, por um lado, foi positivo.

Vivíamos em uma sociedade patriarcal, com mulheres submissas e oprimidas. Quem (da minha geração) não se lembra da então sexóloga Marta Suplicy argumentando contra o tabu da virgindade no programa TV Mulher? Sou plenamente favorável à emancipação sexual das mulheres.

Mas, por outro lado, acredito que toda essa liberdade sexual em um país com baixíssimo nível de instrução produziu resultados indesejados: famílias desestruturadas, crianças abandonadas, violência doméstica, entre outras coisas. Adolescentes passaram a ter filhos cada vez mais cedo e ser mãe solteira se tornou algo cada vez mais normal.

Sem essa base familiar, muitas dessas crianças oriundas de famílias pobres e de pouca instrução acabam se transformando em marginais. Não acredito num retorno aos valores morais dos anos 1950-60. Isso pode acontecer para alguns grupos, mas não para a sociedade como um todo.

A humanidade, por vezes, parece caminhar em círculos, mas creio que estamos na realidade seguindo em frente. Certas mudanças são definitivas, não há como voltar atrás. Portanto, não existe outra alternativa, as pessoas têm de aprender a lidar com essa liberdade.

Entendo que a educação poderia dar uma grande contribuição para redução da violência. Pessoas mais instruídas normalmente têm maior capacidade de discernimento e consequentemente tendem a evitar comportamentos destrutivos. Basta fazer uma comparação do Brasil com algum país desenvolvido.

Na Suécia, por exemplo, as pessoas, de um modo geral, são liberais do ponto de vista sexual, mas o país apresenta baixíssimos níveis de violência. É evidente que a Suécia é um país rico, com alta renda per capita e um Estado de Bem-Estar Social generoso.

Tudo isso ajuda, mas acredito que o ponto mais importante está na educação. Enquanto não resolvermos essa questão, continuaremos sendo uma das nações mais violentas do mundo.

* Ivan Dauchas é economista formado pela Universidade de São Paulo, professor de Economia Política e História Econômica e colunista do Instituto Liberal.



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