As festas juninas estão a todo vapor, com suas quadrilhas, comidas típicas e muita música. No entanto, em meio à celebração, é crucial redobrar a atenção para evitar situações de assédio e importunação sexual. A organização Livre de Assédio, especializada em desenvolver protocolos contra a violência de gênero, compartilha cinco dicas essenciais para garantir que todos possam aproveitar o São João com segurança.

A primeira dica é saber identificar o assédio. Insistências para dançar, toques ou beijos não autorizados, e até mesmo passar a mão no cabelo sem consentimento, são considerados crimes de importunação sexual. Se você se sentir incomodada, peça para parar. E se pediu, deve parar. Nunca se culpe pela atitude do agressor e não aceite desculpas como "excesso de bebida". Busque ajuda nos pontos de apoio do evento; uma rede de acolhimento é fundamental para se sentir segura e reportar a situação às autoridades competentes.

Outra orientação vital é nunca aceitar bebidas de estranhos, mesmo que pareçam lacradas. O golpe "Boa noite, Cinderela" ainda é uma realidade usada por criminosos. Mantenha seu copo sob supervisão em locais públicos. Se notar um sabor ou cheiro estranho, confie na sua intuição. Embora as festas juninas tenham um caráter familiar, grandes eventos podem reunir milhares de pessoas, tornando a atenção indispensável.

A terceira dica é sempre preferir ir acompanhada aos festejos. Estar com pessoas de confiança oferece proteção e apoio caso você precise de ajuda. Evite ir sozinha a banheiros químicos. Se estiver cercada por amigos, eles podem te proteger ou acionar auxílio, especialmente se você exagerar no consumo de álcool.

Ao se deslocar, não use veículos clandestinos. Se optar por aplicativos ou táxis, verifique sempre os dados do carro e do motorista. No transporte público, fique atenta aos botões de emergência. Além de se proteger, é importante ajudar outras pessoas. Se você observar uma mulher sendo cercada, constrangida ou em situação de vulnerabilidade, ofereça ajuda. Avise seguranças ou policiais, ou pergunte onde estão os amigos dela para direcioná-la a um ponto de atendimento médico. Essa atitude pode salvar vidas e contribuir para a redução das estatísticas de violência de gênero.

A Livre de Assédio ressalta a importância da Lei federal 14.786/23, conhecida como protocolo "Não é Não". Ela exige que estabelecimentos, eventos e casas noturnas adotem ações para proteger a dignidade e a integridade física e psicológica da vítima. A equipe do local deve proteger a vítima, garantir um relato seguro e acompanhá-la até seu transporte.

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