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Futuro da picape Mercedes-Benz foi colocado em dúvida

Futuro da picape Mercedes-Benz foi colocado em dúvida

29/04/2019 Marcos Villela Hochreiter

Os motivos são de um possível “divórcio” da parceria entre a Daimler e a aliança Renault-Nissan.

Futuro da picape Mercedes-Benz foi colocado em dúvida

Em comunicado da Daimler com poucas informações para imprensa alemã está repercutindo em diversas mídias especializadas na Europa e deixando a entender que o futuro da picape Mercedes-Benz Classe X deve atrasar. Os motivos são de um possível “divórcio” da parceria entre a Daimler e a aliança Renault-Nissan, já que a picape foi desenvolvido tendo como base o chassi da Nissan Navara.

A parceria originalmente foi construída entre o ex-chefe da Daimler, Dieter Zetsche, e o ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn (já em 2009) pode cair no final de maio. Esta parceria envolve o compartilhamento de diversos outros modelos das marcas e, como a aliança Renault-Nissan enfrentam problemas desde o escândalo envolvendo Carlos Ghosn, o tema tem desagrado os conselheiros do Grupo Daimler.

Outra questão que desagradou a Daimler foi a entrada da Mitsubishi na Aliança Renault-Nissan e com o compartilhamento do mesmo projeto para a produção da próxima geração da picape Mitubishi Triton.

Aguardaremos por mais informações por parte da Mercedes-Benz, pois uma empresa quando não é muito clara na sua comunicação ou transparente, ela deixa muitas margens para diversas interpretações.

Abaixo, o que já foi publicado sobre o Mercedes-Benz Classe X:

Unir a experiência com os veículos de cargas com a dos automóveis de luxo. Esta é a proposta da Mercedes-Benz com a sua picape Classe X, com previsão de lançamento no Brasil para início de 2019. Serão três versões de acabamento: Pure (entrada), Progressive (intermediária) e Power (top).

A Classe X Pure foi totalmente pensada para o uso no trabalho. O seu acabamento utiliza materiais mais resistentes a riscos nas cores preto e cinza, os bancos são revestidos por tecidos, os para-choques são pretos e as rodas são de aço. Mas, nos quesitos dirigibilidade e segurança, ela segue o padrão das versões superiores e supera a concorrência com equipamentos inéditos para o segmento de picapes.

A Progressive busca preencher as necessidades de quem precisa do veículo tanto para o trabalho quanto lazer e a top de linha visa a máxima sofisticação já encontrada nos SUV da marca da estrela.

O chassi da Classe X começou a ser desenvolvido a partir do chassi tipo escada da Nissan Frontier. A parceria da Mercedes-Benz com a Aliança Renault-Nissan começou há sete anos e engloba também a produção do modelo nas fábricas da Renault em Córdoba (Argentina), para atender a América Latina, e na unidade industrial da Nissan em Barcelona (Espanha) para atender o restante do mundo.

O preço na Europa será a partir de 37.294 euros e o lançamento será em novembro deste ano. Em simples conversão, ela custaria aqui pouco mais de R$ 143 mil. Porém, a carga tributária lá na Europa é de 19% e, no Brasil, ultrapassa os 50% se consideramos todos os impostos e o custo Brasil devido a nossa burocracia estatal, falta de segurança pública e infraestrutura. Assim, espere algo que comece em torno dos R$ 200 mil.

A capacidade de carga útil é de 1.042 kg e a CMT (Capacidade Máxima de Tração), de 3.500 kg. Uma ampla linha de acessórios está sendo desenvolvida pela própria Mercedes-Benz, como as coberturas de caçamba rígida, tipo persiana e rígida alta que segue a linha do teto, além de diferentes tipos de santo antônio, trilhos para amarração de cargas, divisões, revestimento de piso, estribos, entre outros. De série, a Classe X é a única do segmento a contar com luz de LED que ilumina toda a área da caçamba (desliga automaticamente ao dar partida) e tomada 12 V para ligar equipamentos, como compressores etc.

Aliás, a área de carga da caçamba tem dimensões bastante generosas para uma picape média: 1.587 mm de comprimento por 1.560 mm de largura e 474 mm de altura. A picape como um todo tem 5,34 metros de comprimento, 1,92 m de largura e 1,89 m de altura.

Segurança acima da concorrência

Vale destacar o trabalho feito na suspensão para que ela seja, ao mesmo tempo, um veículo de carga, porém com conforto e segurança de SUV. A picape conta com eixo traseiro multibraço parcialmente rígido, suspensão independente com braços sobrepostos na frente e molas helicoidais de longo curso em ambos os eixos.

Vale destacar que as bitolas são mais largas (1.632 mm na dianteira e 1.625 na traseira), o que colabora tanto para segurança quanto para o conforto. Além disso, a segurança fica superior em relação a qualquer outra picape não só pela longa lista de equipamentos de segurança, mas com a adoção de freios com grandes disco ventilados em todas rodas (320 mm na traseira e 308 mm na dianteira). O padrão no segmento é ter discos no eixo dianteiro e tambor no traseiro.

Acrescentando qualidades ao chassi, o ângulo de ataque dianteiro é de 22º graças ao balanço dianteiro mais curto e a capacidade de passar por alagamentos é de 600 mm. A distância de entre-eixos é de 3.150 mm, ficando o balanço traseiro mais longo e uma carroceria mais alongada. A altura livre do solo é de 202 mm para os mercados europeus e 222 mm para os demais mercados.

No Brasil a Classe X será oferecida somente com motores diesel 2.3 litros de 4 cilindros turbo de 163 cv (X 220d), biturbo de 190 cv (X 250d), e motor diesel V6 com 258 cv (X 350d). Haverá opção de motor a gasolina de 165 cv, mas para outros mercados, como Dubai e Marrocos.

As opções de câmbios serão manual de 6 velocidades (X 220d e X 250d) ou automática de 7 marchas como opcional para a X 250d. A Classe X 350d terá câmbio automático de 7 marchas 7G-Tronic Plus com borboletas no volante para a troca de marchas, mais a função Eco start/stop e Dynamic Select, o programa de condução que o motorista pode escolher as funções Comfort, Eco, Sport, Manual e Off-road. Eles variam a curva de característica do motor, os pontos de mudança da marcha automática e a função Eco start/stop.

Em termos de tração serão três: 4×2 de série e, opcionalmente, a 4×4 4Matic (acionável) com bloqueio de diferencial no eixo traseiro para as versões com o motor de 4 cilindros (X 220d e X 250d); e a tração total permanente para a versão V6 diesel (X 350d). Haverá três opções de rodas: 17, 18 e 19 polegadas.

Os sistemas eletrônicos de segurança já presente em diversos modelos da marca, também estarão na Classe X, como assistente ativo de frenagem (que aciona o freio de forma autônoma caso detecte um obstáculo e o motorista esteja distraído), o sistema de manutenção de trajetória (detecta a faixa de rolagem e evita que o veículo mude de faixa por distração do condutor) e o assistente de reconhecimento de placas de trânsito (alerta o motorista, por exemplo, se detectar uma placa com velocidade inferior).

Conectividade

A tecnologia de conectividade Mercedes me connect também já está presente na Classe X. Por meio do smartphone ou relógio inteligente, é possível trancar e destrancar as portas, localizar a picape, conferir o nível de combustível, entre outras funções.

Outro equipamento moderno herdado do Mercedes-Benz Classe C é o sistema multimídia Comand Online, com tela de 8,4 polegadas. Vale destacar o sistema 360º formado por quatro câmaras (uma frontal, duas laterais e uma traseira) que forma uma imagem aérea, como se o motorista estivesse olhando por cima para ver tudo ao redor da picape até uma distância de 2 metros. O sistema multimídia é operado a partir de base touchpad multifuncional no console central e já conhecida nos veículos da marca.

O painel de instrumentos também veio do Mercedes-Benz Classe C com uma tela de LCD a cores de 5,4 polegadas entre os dois grandes mostradores (velocímetro e conta-giros). Diversas funções podem ser comandas a partir do volante multimídia de três raios.

Euro NCAP

Com cinco estrelas, a picape da Mercedes-Benz conquistou a pontuação máxima no Euro NCAP, que avalia a segurança de motorista e passageiros a bordo do veículo testado. Dentre os critérios avaliados no Euro NCAP, estão: absorção de energia, proteção para as pessoas a bordo e deformação controlada da lataria.

* Marcos Villela - Editor da revista e site Transporte Mundial desde fevereiro de 2002.

Fonte: Transporte Mundial



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